Nos dias 14 a 17 de setembro, serão realizados o "1º Simpósio Brasileiro de Patrimônio Geológico" e o "2º Congresso Latino-americano e do Caribe sobre Iniciativas em Geoturismo", no prédio do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), no campus Cidade Universitária. Os eventos têm como objetivo divulgar as pesquisas brasileiras sobre a proteção do patrimônio geológico, que há cerca de 10 anos vêm se desenvolvendo de modo significativo.
Promovido pelo Instituto de Geociências (Igeo) com a colaboração de outras universidades brasileiras, o simpósio atrairá cerca de 200 pessoas, tanto palestrantes como participantes. Serão recebidos pesquisadores de todo o Brasil, de outros países da América Latina (Argentina, Chile, Equador, Venezuela, Uruguai, Cuba e Peru), além da Itália, Espanha e Portugal. “Vai ser a primeira vez que o Brasil vai mostrar internacionalmente o quanto já avançou no tema de proteção geológica”, explicou a professora Kátia Leite Mansur, docente do Igeo e membro da comissão organizadora.
O intercâmbio de conhecimento com a comunidade geocientífica internacional nos quatro dias do evento “é importante para a divulgação das pesquisas científicas do Brasil nessa área”. As atividades do evento incluem mesas-redondas, excursão, minicurso e a exposição “Memórias da Terra”, reinaugurando o Museu da Geodiversidade (CCMN), que estava em reforma.
Proteção das rochas brasileiras
O simpósio terá como tema de debates os conceitos de "geodiversidade", "geoconservação" e "geoturismo". Esses assuntos se fazem necessários para promover a proteção do patrimônio geológico e mineiro do Brasil. Segundo Kátia, “as pessoas acham que as rochas não precisam de proteção, mas precisam. O patrimônio geológico é importante para as ciências e o ensino, mas está desaparecendo. São lugares em que antes os professores levavam seus alunos para conhecer e estudar, e agora estão sendo bloqueados, cavados e destruídos".
A oportunidade de realizar o "1º Simpósio Brasileiro de Patrimônio Geológico" na UFRJ representa o momento atual do país com relação às geociências. No Brasil, e no Rio de Janeiro em particular, os projetos de pesquisa, extensão e divulgação são muito fortes. “Foram feitos alguns eventos dentro de congressos brasileiros, mas agora está na hora de lançar um evento específico. E escolhemos o Rio de Janeiro porque é o estado mais desenvolvido nessa área”, concluiu Kátia.