O comitê responsável pela implosão da ala sul do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) reuniu-se nesta quinta-feira, 30/09, com a Defesa Civil no auditório Alice Rosa, no 12º andar do HUCFF, para discutir estratégias e procedimentos a serem tomados pelos diversos órgãos públicos envolvidos na operação. Participaram da reunião representantes de diversas instituições e empresas públicas, como a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae); o Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ); a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e a Polícia Militar.
Na reunião, o tenente-coronel Carlos Aguiar, da Defesa Civil, que será o coordenador da operação, buscou criar um planejamento de trabalho, para que todas as autoridades envolvidas estejam em permanente contato, de forma que sejam minimizados os inevitáveis transtornos que a implosão causará ao cotidiano da universidade e da sociedade carioca, no dia 19 de dezembro, quando a ala sul do HUCFF, a parte desativada, será implodida.
Aguiar destacou a necessidade de que aqueles que, motivados pela curiosidade, tentarem observar de perto a implosão, sejam mantidos além do perímetro de segurança, de 200m de raio a partir do hospital. O policiamento também é importante para evitar tentativas de furto de dinamite, que acontecem ocasionalmente em operações do tipo. Serão empregados mais de 500 quilos de explosivos.
De acordo com Giordano Bruno – cuja empresa, a Fábio Bruno Construções, será responsável pela implosão – o ideal é que os acessos à Cidade Universitária sejam fechados com duas horas de antecedência. Segundo o planejamento da empresa, um toque de sirene soará 30 minutos antes da implosão, prevista para as 8h, sendo repetido quando faltarem cinco minutos e, novamente, faltando um minuto para a detonação da carga.
A solicitação de Bruno é que Linha Vermelha seja fechada às 07h45. A vistoria da edificação implodida deve ser feita 15 minutos após o término das detonações. O engenheiro solicitou às autoridades públicas que o abastecimento de água, esgoto, gás e luz do HUCFF sejam fechados antes da implosão. A Linha Amarela não sofrerá qualquer interferência.
O diretor do HUCFF, professor José Marcus Eulálio, explicou aos presentes que o hospital cuida de pacientes oncológicos, anticoagulados e transplantados, cujos tratamentos exigem procedimentos cuidadosos e sofisticados. “É uma situação ímpar e precisamos de apoio logístico para garantir transferência e atendimento adequados a esses pacientes”, solicitou o diretor.
O chefe da Torre do Aeroporto Internacional do Galeão, tenente Pinheiro, esclareceu que a rota de helicópteros de Manguinhos precisará ser interditada de 1h antes até 1h30 depois da implosão. “Os planos de voo das empresas de aviação para dezembro ainda serão apresentados. Logo, essa informação lhes será transmitida para que se precavejam”, acrescentou Pinheiro.
Durante a reunião, o subcomandante do 17º Batalhão da Polícia Militar (Ilha do Governador), Ramiro Campos, informou que o trânsito da Ilha do Governador não precisará ser completamente fechado e que, para o fluxo em direção ao centro da cidade, os motoristas poderão utilizar a alça viária que liga a Ilha à Baixada Fluminense, seguindo pela rodovia Washington Luís e, finalmente, a Avenida Brasil.
A próxima reunião com os envolvidos na complexa operação de implosão da ala sul do HUCFF ocorrerá no dia 20/10, novamente no auditório Alice Rosa, às 9h.
Veja aqui a matéria da WebTV sobre a reunião.
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