De origem espanhola, criado em 2006, o Dia do Orgulho Nerd comemora o direito de ser geek. O dia 25 de maio foi escolhido em homenagem à estreia do primeiro filme da trilogia da Star Wars, de 1977. Para celebrar a data, a Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ promoveu mesas sobre o espaço que os nerds estão, cada vez mais, conquistando no mercado de trabalho. “O jornalista do futuro é nerd” foi o tema de uma das mesas do evento, defendendo a condição de blogueiro, como nova profissão e não mais como um lazer.
A mesa no Salão Moniz de Aragão contou com a presença Aydano André Motta, editor do blog do colunista Ancelmo Góis, que enfatizou o campo de possibilidades que a internet disponibiliza ao jornalismo. Viktor Chagas, editor do site Overmundo, caracteriza o colaboracionismo como peça chave para o nascer de ideias. Já Hélio Basso, diretor de operações Ideia S/A, apresentou o conceito da agência, que busca o relacionamento de seu cliente no modo da Rede 2.0.
Segundo Aydano André Motta, a liberdade textual proporcionada pela internet é um marco para os novos jornalistas. “É manifesta a diminuição do espaço no meio impresso, como vemos nas recentes medidas da Folha de S. Paulo, em oposição ao aumento dos meios virtuais”, destaca. O espaço disponibilizado não é como uma diversão, e sim, um trabalho que exige ainda mais “que, por ser unidirecional, gera um cuidado no tratamento das informações”, explicita o jornalista que define o novo jornalista como “um nerd cauteloso”.
Para Viktor Chagas, o Overmundo pratica o colaboracionismo desde as a elaboração das pautas até a moderação, que contempla participantes ativos. “As novas ferramentas formaram um mundo novo na construção do site de notícias e abriram novos campos de atuação”, afirma.
A velocidade e o acesso à informação foram os motes para que Hélio criasse a sua empresa, que, num ambiente da Web 2.0, passou a identificar o formador de opinião e a usá-lo para atingir a grande mídia. “O uso das mídias sociais, como twitter e orkut, permite um uso direcionado da marca, que atinge assim as classes C e D. Agora com mais atuação no meio”, conclui Chagas.