A utilização de plantas medicinais para o tratamento de doenças é o tema central da VI Jornada de Nutrição, organizada pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro. O evento ocorre no dia 7 de maio.

 

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Fitoterapia: plantas a serviço do tratamento de doenças

A utilização de plantas medicinais para o tratamento de doenças é o tema central da VI Jornada de Nutrição, organizada pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro. O evento ocorre no dia 7 de maio.

 

Fitoterapia é  a utilização de produtos naturais para o tratamento de doenças. A palavra deriva dos vocábulos gregos phyton, vegetal, e therapeia, tratamento. Sua origem confunde-se com a origem da farmácia, já que os medicamentos eram formulados basicamente de plantas, diferentemente da medicina tradicional contemporânea, na qual a base dos medicamentos é seu princípio ativo isolado ou sintético.

A utilização de plantas medicinais na prática clínica é o tema central da VI Jornada de Nutrição, organizada pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro. O evento ocorre no dia 7 de maio, no Centro de Ciências da Saúde, e é coordenado pelas professoras doutoras Wilza Peres e Glorimar Rosa.

A popularidade desse tipo de tratamento motivou a organização de um evento que discutisse o tema. Porém, de acordo com Glorimar, é preciso ter cuidado. “Pelo fato de ser natural, as pessoas acreditam que ‘se não fizer bem, mal não faz’. Não é bem assim. Um chá, se for muito concentrado, pode ter um efeito indesejável”, afirma a professora, que exemplifica: “existem vários chás para o controle da glicemia que já têm efeito amplamente comprovado, mas que devem ser utilizados dentro das proporções devidamente prescritas. Se o tratamento não for feito de forma adequada, pode resultar em hipoglicemia, que é tão indesejável quanto a hiperglicemia.” Glorimar conclui: “essa coisa de imaginar que, por ser natural, pode utilizar indiscriminadamente me assusta.”

O tratamento com base em plantas inspira atenção, como a medicação convencional, mas uma de suas grandes vantagens é apresentar menos reações indesejadas que os medicamentos tradicionais. “Em comparação com os medicamentos alopáticos, sem sombra de dúvidas, os fitoterápicos apresentam menos efeitos colaterais”, diz a professora doutora Glorimar, que é pesquisadora do Laboratório de Bioquímica Nutricional do Instituto de Nutrição Josué de Castro – UFRJ.

Um exemplo de possível utilização da fitoterapia é a reposição hormonal através de compostos naturais, como a linhaça, por mulheres na menopausa. “Ela é rica em lignanas, que são fitoestrógenos. Pode ser utilizada na reposição hormonal, sem alguns efeitos, como o câncer de mama. Através da fitoterapia, o tratamento pode ser feito de forma mais suave”, afirma Glorimar.

O Evento

A VI Jornada de Nutrição Clínica traz a discussão de diferentes aspectos da fitoterapia, como a legislação dos fitoterápicos para o profissional nutricionista, fito-hormônios, prescrição e preparação doméstica de fitoterápicos e alimentos funcionais, em palestras com profissionais e pequisadores especialistas na área.

O evento ocorre no dia 7 de maio, a partir das 8h, no auditório Quinhentão, localizado no Bloco K do Centro de Ciências da Saúde. O endereço é Avenida Carlos Chagas Filho, 373, Cidade Universitária. Informações sobre inscrição e apresentação de trabalhos, além da programação completa, estão disponíveis em www.nutricao.ufrj.br.