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Pesquisa estuda supervisões das equipes de saúde mental

 Nesta terça (6/10), o trabalho “Política de Formação em Saúde Mental no Estado do Rio de Janeiro: Um Estudo sobre as Supervisões das Equipes de Saúde Mental” foi apresentado por Leiliana Maria Rodrigues dos Santos, bolsista de pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva (IESC) da UFRJ, durante a XXXI Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural.

Leiliana citou os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS), que  existem desde 1992 e são unidades de saúde locais ou regionalizadas, destinadas aos cuidados intermediários entre o regime ambulatorial e a internação hospitalar. Os CAPS constituem-se como uma rede de serviços para ações relativas à saúde mental, com atuação de uma equipe multiprofissional. A partir de 2005, por meio de um incentivo do Ministério da Saúde, no intuito de qualificar as equipes profissionais, a figura do supervisor clínico institucional passou a ser presente nos Centros.

Segundo Leiliana, em seu estudo, foram selecionados CAPS estratégicos do estado do Rio de Janeiro para uma investigação da caixa de ferramentas e processos de trabalho dos supervisores atuantes. “Por meio de dispositivos grupais com trabalhadores, interrogamos sobre as relações entre formação e cuidado, e pudemos problematizar a função do supervisor: formador, cuidador e trabalhador da saúde mental”, relata a pesquisadora.

Como conclusão, não há uma homogeneidade de trabalho entre os supervisores, embora todos afirmem que se organizam com base nas orientações da política de saúde mental do Ministério da Saúde. Essas diferenças também se apresentam na forma de trabalho com as equipes: em relação à carga horária e periodicidade, que pode ser semanal, quinzenal ou mensal. A pesquisadora ainda relacionou o supervisor a uma noção de educação permanente, comparando os CAPS a espaços de produção do saber. “E o aperfeiçoamento de todo o aprendizado oferecido se dá com a prática”, conclui Leiliana Maria Rodrigues dos Santos.

O trabalho apresentado também foi desenvolvido pelos pesquisadores Clarice Portugal, Vanessa Pereira e Luan Cassal. As professoras Ana Lúcia da Silva e Maria Paula Gomes foram as orientadoras da pesquisa.