O Salão Azul do prédio da Reitoria sediou, na manhã desta quarta, dia 15, o encontro Tecnologia da Informação e Comunicação na UFRJ. Contando com a presença de representantes dos diversos setores que trabalham com essa área, o evento teve como objetivo discutir diretrizes para o funcionamento da Superintendência de TI, órgão que congregará as atividades de Informática da universidade.
Carlos Levi, pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento (PR-3), enfatizou que a nova modelação organizacional vai conferir maior dinamismo e permitirá a expansão do trabalho de Tecnologia de Informação. “A Superintendência estará ligada à Administração Central para que sejam garantidos os recursos necessários ao seu desempenho. Devemos estabelecer as prioridades que vão integrar a política de Informática da universidade”, destacou Levi.
Durante o encontro, profissionais de TI discorreram sobre suas atividades nas mais diferentes unidades da UFRJ. O primeiro deles foi o professor e ex-reitor Nelson Maculan. Em seu discurso, Maculan relembrou a criação do curso de Ciências da Computação, na década de 1970, e ressaltou a evolução verificada na área de Informática da universidade nos últimos 30 anos.
Cláudia da Motta, coordenadora recém-empossada do Núcleo de Computação Eletrônica (NCE), aproveitou sua palestra para destacar projetos e propostas da unidade suplementar. Segundo ela, nos próximos anos, a intenção da equipe do NCE é focar nos sistemas corporativos da UFRJ, em especial no SIGA (Sistema Integrado de Gestão Acadêmica). A coordenadora também apresentou a proposta de capacitar alunos e funcionários para exercerem funções básicas nos computadores da universidade: “o novo NCE não terá pernas para trabalhar como help desk de toda a UFRJ”, disse.
Já Álvaro Coutinho, diretor de Computação de Alto Desempenho da Coppe, comentou a profícua participação do Brasil no mercado de Engenharia Computacional. Atualmente, o país vivencia um crescimento de programas exclusivos de alto desempenho, como os aqueles ligados à Física de alta energia, por exemplo. Coutinho criticou, entretanto, a inexistência de uma caixa, vinculada ao Ministério da Educação ou ao Ministério de Ciência e Tecnologia, com recursos específicos para Ciência e Engenharia Computacional. “No âmbito da UFRJ, ainda carecemos de um gerenciamento eficiente dos projetos multidisciplinares nessa área”, reclamou.
O último palestrante da manhã foi Maurício Guedes, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ. Ele salientou a importância de haver espaços compartilhados por universidades e empresas para a troca de experiências e conhecimentos. “A vinculação do saber acadêmico com o mundo dos negócios pode fomentar o desenvolvimento social do país”, opinou.
Guedes resgatou um pouco da história do Parque Tecnológico, explicou um pouco o funcionamento da atual rede de telecomunicações do lugar e mostrou algumas estimativas feitas para o cenário do Parque em 2017. De acordo com o diretor, em oito anos, haverá 220 empresas, que oferecerão cerca de 5 mil postos de trabalho. Espera-se que, já nos próximos 3 anos, sejam gerados mil novos empregos altamente qualificados e investidos mais de R$ 500 milhões no Parque.