Os representantes de 851 trabalhadores do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), que iniciaram uma paralisação de 24 horas nesta terça (26/5), encontraram-se com reitor Aloísio Teixeira. 

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Memória

Reitor recebe manifestantes do HU

Os representantes de 851 trabalhadores do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), que iniciaram uma paralisação de 24 horas nesta terça (26/5), encontraram-se com reitor Aloísio Teixeira. 

 Os representantes de 851 trabalhadores do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), que iniciaram uma paralisação de 24 horas nesta terça (26/5), encontraram-se com reitor Aloísio Teixeira.  Durante a reunião, que também contou com a presença de membros do Sintufrj, a chamada Comissão dos Profissionais Qualificados Extraquadro do HU reclamou dos constantes atrasos de salários e reivindicou a regularização trabalhista dos funcionários. O reitor explicou que já propôs uma saída legal e emergencial junto aos ministérios da Educação e de Planejamento, através da lei 8.745/93, que prevê a contratação temporária pelo poder público em casos de excepcionalidade.
 
“Voltarei nesta quinta a Brasília para acelerar esta solução, mas a nossa decisão é continuar pagando vocês para garantir o funcionamento do hospital. Mesmo que isso descumpra as determinações dos ministérios públicos do Trabalho (MPT) e Federal (MPF) para pôr fim às terceirizações. Entendemos que isso é uma irregularidade menor frente ao prejuízo que recairia sobre a população do Rio de Janeiro com o fechamento do HU”, ponderou o reitor Aloísio, apontando que, após as negociações com o MEC e o Planejamento, haverá a contabilização de vagas para a realização de um processo seletivo simplificado de caráter público. “A terceirização é destrutiva ao serviço público, pois estabelece diferenças no ambiente de trabalho.”
 
O reitor ainda esclareceu que para os cargos extintos ou fora do quadro de carreiras da universidade, como serviços de limpeza e vigilância, outra solução será aplicada. “Está sendo preparada uma licitação para a contratação de uma firma. Ela cuidará desta relação com os trabalhadores e terá que cumprir com todos os encargos e direitos sociais previstos por lei”, informou o reitor.
 
Tiago Xavier, membro da comissão dos trabalhadores, que apoiou a atitude do reitor da UFRJ, destaca que alguns setores dependem integralmente dos extraquadros. Ele ainda pontua que os serviços emergenciais e essenciais foram mantidos em respeito aos usuários do HUCFF: “Sabemos da responsabilidade social de nosso trabalho, mas esta paralisação de hoje traduz uma revolta de muito tempo. Amanhã, retornaremos às atividades normais e esperamos em breve ter uma notícia positiva”.