Qual o motivo de reunir, num só debate, um químico, um antropólogo e um filósofo para discutir “Ciência e Espiritualidade”, o mini-simpósio que vai ocorrer nesta sexta-feira, dia 15, das 9 às 13 horas, no salão nobre da decania do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN – bloco D – rua Athos da Silveira Ramos, 274 – Cidade Universitária)? Pela necessidade atual de refletir sobre a história da Ciência, sobre as descobertas científicas, sobre o seu alcance e limitações e também sobre o ambiente não-científico onde as principais descobertas da Ciência costumam ocorrer.
Um dos participantes do encontro e atualmente pesquisador do Laboratório de Estudos da Índia e Ásia do Sul (LEIAS/UFRJ), o filósofo Rubens Turci, explica que o século XXI vem se caracterizando não apenas como um período de crises e de rompimento de antigos paradigmas científicos, mas também por um momento de reavaliação e de revalorização tanto da antiga sabedoria popular quanto da espiritualidade humana. “Daí a necessidade de que neste pequeno evento tivéssemos profissionais com distintos olhares e, ao mesmo tempo, com a capacidade de discutir esse tema sob diferentes prismas epistemológicos”, lembrou Turci.
A programação do mini-simpósio “Ciência e Espiritualidade” terá as palestras do Prof. David Nicodem (professor associado do Instituto de Química/UFRJ) – “Fé na Ciência e Ciência na Fé”; do antropólogo Douglas Carrara (diretor da Biblioteca Municipal de Maricá) – “Os Paradigmas Científicos, a Sabedoria Popular e a Espiritualidade Humana”; e do filósofo Rubem Turci – “’Sharaddhá’ quaerens intellectum – a certeza interior como pressuposto para o conhecimento”. No final do encontro, haverá uma apresentação do Coral de Crianças da aldeia guarani de Camboinhas sob a coordenação da Profa. Marize Tamikuan.
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