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Físico americano debate a política de energia e clima nos EUA

O físico americano Howard Geller, doutor em eficiência energética, realizou nesta segunda-feira (06/04) uma palestra na Coppe sobre “As perspectivas da política energética e climática norte-americana no governo Obama”. Howard Geller é diretor executivo da Southwest Energy Efficiency Project (SWEEP) – ONG do setor energético – e também coordena programas de eficiência energética em seis estados americanos.

Durante a palestra o físico fez um histórico da situação energética dos Estados Unidos, mostrando que a economia do país cresceu 266% e a população 42% entre 1973/2007, alavancando o consumo energético em 34% nesse período. Outro fato evidenciado pelo cientista foi que no governo George W. Bush “a política de eficiência energética não foi prioridade”, disse. No entanto, o Congresso Nacional aprovou em 2007 algumas medidas no setor, como leis de incentivo para a fabricação de produtos com eficiência energética.

Já no que tange à política do governo Obama, Howard Geller afirmou que, no pacote de Estimulo Econômico de U$ 680 bilhões, U$ 15 bilhões serão utilizados em programas que reduzam o consumo de energia em âmbito federal, estadual e local.  Uma medida é o plano de melhora em 30% na eficiência das lâmpadas incandescentes no período de 2012 a 2014, tendo uma segunda fase na qual as lâmpadas devem se tornar 3 vezes mais eficientes até 2020.

Há também toda uma política de incentivos fiscais, como por exemplo o desconto de 30% no imposto de renda para as pessoas que gastarem U$ 1.500 na compra de equipamentos domésticos com tecnologia de baixo consumo energético; o mesmo desconto será dado para produtores de energias renováveis.   

Sobre a diminuição de emissões de carbono, Howard Geller informou que estão sendo discutidos os limites de quanto e até quando devem ser diminuídas, sendo que em curto prazo as reduções devem ser de 15 a 20% até 2020 e de 60 a 80% até 2050, tendo como base 2005. Contudo, o físico ressaltou que a crise econômica mundial é a prioridade para o presidente Obama e o Congresso dos Estados Unidos, mas que o governo não está esquecendo as políticas climáticas que devem ser discutidas até 2010, ao contrário da era Bush, que não viabilizou a entrada do país no Protocolo de Kioto.