A última Plenária de Decanos e Diretores de 2008 teve como destaque o balanço do orçamento da UFRJ em 2008 e a previsão para 2009. De acordo com os números apresentados pelo pró-reitor de Planejamento, Carlos Antônio Levi, a universidade tem hoje um déficit em torno de R$ 10 milhões, com a possibilidade de equilibrar o saldo até o dia 31 de dezembro. "Com recursos que devem ser aplicados ainda este ano, existe uma forte possibilidade de zerarmos esta dívida", afirmou. O orçamento para 2009 será votado na primeira sessão do Conselho Universitário de 2009, marcada para 12 de fevereiro.
As previsões para o ano que entra, segundo Levi, são as mais otimistas possíveis. A expectativa é que só de recursos do Governo Federal para a implantação do Plano de Reestruturação e Expansão da UFRJ (PRE) sejam repassados quase R$ 60 milhões. Metade dos quais, já previstos pelo Ministério da Educação e a outra metade, oriundos da Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB) e da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC), não alocados em 2008.
No total, a expectativa é que a universidade tenha uma receita de R$ 145 milhões e despesas em torno de R$ 155 milhões, o que faria a instituição encerrar o próximo ano com os mesmos R$ 10 milhões de dívida de 2008. No entanto, o pró-reitor explica que a perspectiva é de um saldo positivo, já que não entraram no cálculo recursos adicionais, cujos valores ainda não foram mensurados, como verbas para assistência estudantil e o aluguel do terreno da Avenida Chile.
Para o próximo ano, o orçamento da universidade terá como novidade a segregação dos recursos para o novo Complexo Hospitalar da UFRJ, aprovado no Consuni do dia 18 de dezembro. A previsão é que os custos com as unidades hospitalares da universidade girem em torno de R$ 17 milhões em 2009. Levi também fez um apelo aos decanos e diretores para que restrinjam gastos com a contratação de prestadores de serviço e alertou para as limitações de repasses das fundações. O reitor Aloísio Teixeira foi ainda mais enfático. "A contratação de prestadores de serviço por tempo determinado é ilegal. Vamos acabar com isto em 2009. A decisão já está tomada", disse.
Aloísio Teixeira fez ainda um balanço dos pontos e negativos de 2008. O reitor citou questões problemáticas como, entre outras, licitações, gerenciamento de obras, o subfinanciamento dos hospitais e o imbróglio envolvendo os 26,05% dos servidores. "Conseguimos que ele voltasse a ser incorporado ao contracheque, mas o Ministério do Planejamento está decidido a cortar. A UFRJ é a única universidade que conseguiu e por isso estamos sozinhos nesta luta", declarou.
Sobre os pontos positivos, o magnífico destacou o aumento dos recursos para a universidade, na ordem de quatro vezes em relação a 2007, a ampliação de vagas para docentes e técnico-administrativos, a consolidação dos campi de Xerém e Macaé, a inauguração do Restaurante Universitário Central, as conversações com o Governo do Estado para obras na Cidade Universitária, além da aprovação das Diretrizes Gerais do Plano Diretor e a constituição do Comitê Técnico do Plano Diretor UFRJ 2020. "2008 foi o turning point (ponto decisivo) da UFRJ. Passamos de um período de dificuldades profundas para o início de um tempo com boas expectativas para o futuro", resumiu.
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2008 marca o turning point da UFRJ
A última Plenária de Decanos e Diretores de 2008 teve como destaque o balanço do orçamento da UFRJ em 2008 e a previsão para 2009.