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Relatório da UFRJ indica redução da desigualdade racial

O Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da UFRJ divulgou na manhã desta quarta, dia 15, os resultados do Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil. O documento aponta que diminuíram as diferenças entre os rendimentos mensais entre negros e brancos.

A superioridade da renda mensal média do homem branco em relação à do homem negro ou pardo caiu. Em 1995, a diferença salarial era de 120,1%. Já em 2006, o percentual calculado foi de 98,5%. A diferença entre os rendimentos médios mensais de mulheres brancas e negras também caiu de 113,9% em 1995 para 93,3% em 2006.

O estudo também aborda aspectos da desigualdade racial em outros campos da sociedade, como educação, tecnologia, violência e representatividade. Na educação, o número de negros e pardos nas universidades aumentou no período e praticamente não foi mais registrada desigualdade no ensino para crianças de 7 a 14 anos. Nas outras áreas, a desigualdade persiste, pois, segundo o relatório, o acesso à tecnologia ainda está muito restrito aos brancos e o número de vítimas de violência de origem negra ou parda registra índices bem superiores.

Além disso, existem outras estatísticas – como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), criado pela ONU – que evidenciam duas realidades distintas para brancos e negros no Brasil. Segundo o documento, pretos e pardos no Brasil possum o índice IDH de 0,753, semelhante ao de países como o Irã e o Paraguai. Já os brancos vivem em condições que correspondem a um IDH de 0,838, próximo ao de Cuba, considerado pelas Nações Unidas como um país de alto desenvolvimento humano.