Nascido no Rio de Janeiro em 1936, Carlos Lessa formou-se em Ciências Econômicas pela ainda Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1959. Continuou seus estudos na área de Economia conquistando título de mestre pelo Conselho Nacional de Economia, em 1960. Cursou o doutorado pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Campinas (Unicamp), em 1976. Ainda em 1961, iniciou sua carreira docente como professor do Instituto Rio Branco, tendo passado por diversas outras instituições de ensino antes de ser aceito, por concurso público, como professor da UFRJ em 1976, universidade da qual foi reitor em 2002.
Não apenas sua carreira acadêmica merece destaque. A caminhada política de Lessa também é impressionante. Foi economista do Instituto Latino Americano de Planificação Econômica e Social das Organizações das Nações Unidas (ONU) e consultor da Fundação para o Desenvolvimento da Administração Pública de São Paulo. Durante o período inicial da ditadura militar, foi exilado para o Chile, voltando logo antes do AI-5. Foi convidado, em 2003, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e ocupou o cargo de janeiro de 2003 a novembro de 2004.
Durante o tempo em que foi presidente do BNDES, Lessa defendeu o desenvolvimentismo e um papel mais ativo do governo no direcionamento da economia. Uma semana após fazer críticas ao então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, com relação ao aumento de juros, Carlos Lessa foi afastado do cargo. Agora, aposentado, Lessa divide seu tempo entra a família, o Olaria Atlético Clube, e seus hobbies prediletos: colecionar livros (ele tem uma biblioteca com mais de 20 mil títulos) e classificar moluscos.