Com objetivo de saudar a importância do Japão para a cultura e história brasileira, os 100 anos de imigração japonesa comemorado pelo Centro de Tecnologia da UFRJ propõe uma retomada aos costumes nipônicos. A feira, que está sendo realizada no Hall de entrada do bloco A do CT, abriga exposições de artes japonesas como o Bonsai, o Ikebana e o Origami.
A arte do Bonsai foi implanta no Japão pelos monges budistas. Uma de suas principais premissas é que a planta deve ser uma réplica artística, em miniatura, de uma árvore natural. Dessa forma, ela deve simular os padrões de crescimento e de erosão sofridos pela planta inicial, como os efeitos da gravidade dos galhos, além das marcas do tempo e da estrutura geral dos mesmos. Pode-se afirmar que é uma obra de arte produzida pelo homem através de cuidados especializados.
Segundo Edison Sanromã, responsável pelo estande de Bonsai, tal arte representa a tradição das famílias japonesas, refletem o sentimento de continuidade. “Existem famílias que cultivam Bonsais há 500 anos, isso simboliza o apego da sociedade japonesa ao que é passado de geração a geração. Imagina o que é repetir os mesmos cuidados numa planta que seus antepassados desempenharam com amor e dedicação?”, indagou.
O estande de Origami conta com a participação do expositor e professor Tong Cheong Ming. A mostra contém três tipos de origamis: de representação estrutural, artística e matemática. Segundo o professor, essa arte pode ser aplicada em diversas áreas, tanto nas de ciência e tecnologia, como na educação e na terapia. Seus mecanismos não se baseiam somente em dar formas a um pedaço de papel. “Um origami representa a vida, simboliza uma semente que foi germinada, cresceu, deu frutos, flores, que possibilitou novas vidas e morreu. A energia que utilizamos na transformação do papel numa forma qualquer traz vida para o mesmo, o que qualifica a arte do origami como a representação da metamorfose”, disse.