O auditório Manoel Maurício de Albuquerque, que fica no prédio do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi palco da abertura da II Semana de Integração Acadêmica das Unidades Universitárias e Órgãos Suplementares do CFCH, na manhã desta quarta-feira (6/8). Estavam presentes Marcelo Correia e Castro, decano do CFCH, e as diretoras Ivana Bentes, da Escola de Comunicação, Maria Magdala Silva, de Serviço Social, e Ana Maria Monteiro, da Faculdade de Educação.
A Semana de Integração ocorre durante toda essa semana e conta com mais de 60 mesas de debate, que acontecem sempre à tarde, das 14 às 17 horas, e assimilando um total de mais de 350 trabalhos. “Serão quase 700 participantes” – informou o decano em entrevista. A edição atual tem como tema os desafios que as Ciências Humanas e Sociais enfrentam na hora de pensar a realidade do Brasil.
– Essa semana tem como objetivo desenvolver as ligações entre as unidades do CFCH, tanto de estudantes como de professores, por isso procuramos englobar em um só projeto as jornadas de Extensão e de Pesquisadores em Ciências, que já existiam anteriormente -, afirmou Marcelo Correia e Castro durante a apresentação. Para a diretora da Faculdade de Educação, “essa iniciativa é de enorme importância, já que ela nos permite conhecer as produções dos colegas, algo ímpar, que só enriquece as pesquisas da universidade”.
Porém, como reforçaram os participantes de hoje, essa tarefa não é fácil. Segundo o decano, “a integração entre os centros e as unidades ainda é complicada. O auditório vazio mostra isso”. Ele acredita que, ao terem se desenvolvido separadamente, os centros acabaram criando uma barreira entre si, dando prioridade aos eventos particulares. Para a diretora da Escola de Serviço Social, Maria Magdala Silva, isso está estreitamente ligado com um dos grandes desafios da universidade pública brasileira: “sensibilizar nossos alunos para os projetos coletivos, interligando os cursos”. O próprio Marcelo Castro reforçou essa idéia, ao afirmar que as unidades deviam atuar na mudança da idéia de pesquisa atual, que só valoriza o trabalho individual. Ele citou a Jornada Científica da UFRJ como exemplo de programa que já aponta para uma nova tendência.
Já pensando num futuro próximo, a diretora Ivana Bentes, da Escola de Comunicação (ECO), espera que “sejam realizadas mais mesas intercursos, com representantes de várias faculdades trabalhando em conjunto”.
Seguindo a programação da semana, o filme “O céu de Suely”, de Karim Aïnouz, será exibido hoje à noite. Já amanhã, teremos “Machuca”, de Andrés Wood, acompanhado de um debate. Na sexta, o professor Muniz Sodré, titular da ECO, fará uma palestra sobre cultura. Já à noite, será realizada a peça “Como me tornei estúpido”, interpretada pelos estudantes de Direção Teatral da UFRJ. Vale lembrar que tanto quinta como sexta-feira contarão com mesas de debate durante à tarde.