Após a Plenária de Decanos e Diretores, foi apresentado na Capela de São Pedro de Alcântara um cortejo Natalino, encenado pelo Reisados Flor do Oriente e pela Companhia de Folclore Rio-UFRJ, que em seguida, também realizou no Salão Dourado um espetáculo de Natal brasileiro, encerrando oficialmente as atividades do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ neste ano de 2007.
Segundo Eleonora Gabriel, Coordenadora da Companhia de Folclore do Rio/UFRJ da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), a apresentação de Natal da UFRJ coincide com o projeto realizado pela própria Companhia, em comemoração aos seus 20 anos de existência. “Estamos realizando neste ano o Encontro de Reisados, que é no Brasil o conjunto de movimentos folclóricos tais como Folia de Reis, as pastorinhas e demais manifestações natalinas”, explica Eleonora, agradecendo a participação da Folia de Reis Flor do Oriente, grupo folclórico da Vila Rosário, em Duque de Caxias, na comemoração de hoje.
Rogério Silva de Moraes, mestre de folia do Reisado Flor do Oriente, conta que este é um grupo de tradição centenária e fundação desconhecida, cujos primeiros relatos remontam do ano de 1872, e estima que já estejam na sexta geração. “A Folia de Reis prega o Evangelho, anunciando o nascimento do Menino Messias, e representa a viagem dos reis magos, a adoração dos pastores e os apóstolos de Jesus. Depois do dia 6 de janeiro, cantamos também o martírio de São Sebastião”, descreve Rogério, que convida toda a comunidade da UFRJ a participar do ciclo da Folia de Reis: “Começamos no dia 24 de dezembro e continuamos até o dia 20 de janeiro. No dia 26 de janeiro, realizaremos em nossa sede, na Vila Rosário, a Festa de Arremate, encerrando as atividades do ciclo”, lembra o mestre de folia.
Por fim, Eleonora destaca que a última apresentação do evento, encenada tanto por atuais quanto por antigos alunos e funcionários da UFRJ, é fruto de uma pesquisa sobre pastoreios pernambucanos e reisados sergipanos que vem sendo desenvolvida pela UFRJ. “O pastoreio representa um baile do folclore brasileiro, em que dois grupos, o azul e o encarnado, disputam a preferência do público ao mesmo tempo em que homenageiam o nascimento de Jesus”, esclarece a coordenadora, que afirma: “nossa missão e prazer dentro da UFRJ é trazer essa sabedoria popular para fazer parte da construção do conhecimento oficial que é oferecido dentro de nossa universidade pública, gratuita e de qualidade”.