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Semana da Ciência ensina técnicas de Hialotecnia

Foto: Marco Fernandes 
 

O que seria da química se não fossem os tubos de ensaio, pipetas, buretas, beckeres e tantas outras vidrarias especiais? De fato, a confecção desses instrumentos é fundamental para os trabalhos e pesquisas científicas desenvolvidas pelos engenheiros químicos, sendo exatamente por isso tão relevante a técnica da hialotecnia realizada pelos vidreiros.

A hialotecnia consiste na modelagem do vidro que, após aquecido pelo maçarico, é moldado através de técnicas manuais e com o auxílio de aparelhos tais como tornos para vidraria, serras especiais e lixadeiras. Os vidreiros recebem tubos simples e, de acordo com o modelo fornecido pelo engenheiro, produzem o equipamento encomendado. Há também a possibilidade de se recuperar e remodelar aparelhos danificados.

Apesar da hialotecnia ser de extrema importância, o número de profissionais que a exercem é escasso e somente há pouco tempo surgiram cursos voltados para essa técnica manual de manuseio do vidro. Hoje em dia, entretanto, muitas instituições já possuem laboratórios voltados para essa produção e recuperação de aparelhos, até mesmo porque isso representa uma economia significativa.

Wiliam de Oliveira, estudante do último período de Engenharia Química, não vê desvantagens da utilização da hialotecnia: “É muito bom porque podemos ter exatamente o aparelho que queremos, com a espessura ideal e o formato necessário”, disse. Acrescentou ainda o benefício da reutilização dos aparelhos, que não precisam mais ser descartados em função de danos.

Com o intuito de dar uma noção básica dessa técnica, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece desde o dia 3 e se estende até o dia 6, no hangar da Ilha Universitária no Fundão, trouxe a Oficina de Hialotecnia. Nela, vidreiros como Damião Marcelo da Silva que disse ter aprendido a técnica após a realização de um curso na própria UFRJ, onde hoje trabalha com a hialotecnia, realizam demonstrações de seus trabalhos, modelando ao vivo não equipamentos químicos, mas objetos como maçãs e flores.

O processo demonstrado na oficina é mais simples do que o realizado nos laboratórios e conta com menos aparelhos auxiliares, envolvendo basicamente o aquecimento do vidro com o maçarico e técnicas como o sopro e o molde manual com o auxílio de espátulas de metais. 

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