O movimento estudantil voltou a protestar, no Conselho Universitário, contra o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação das Universidades). Aproximadamente 100 estudantes interromperam a sessão, desta quinta (13/09), reivindicando a realização de um plebiscito para decidir a participação da UFRJ na iniciativa do governo federal. A proposta foi corroborada pelos manifestantes com a entrega de um abaixo-assinado ao reitor Aloísio Teixeira. O documento recolheu, em três dias, quatro mil assinaturas de professores, alunos e servidores.
“Não convocarei plebiscito, a não ser que o conselho decida em contrário. Tenho que garantir a normalidade institucional e o que se estabeleceu aqui foi um cronograma de audiências públicas que culminará, no dia 18 de outubro, com uma sessão extraordinária do Consuni sobre o tema”, ponderou o reitor, lembrando que é preciso pensar em longo prazo a universidade e que o debate não pode ser feito sob um espírito de “Fla x Flu” com ganhadores e perdedores. “Entrar numa discussão significa ouvir e inclusive mudar de opinião, caso seja necessário”.
O anteprojeto proposto pela reitoria também foi alvo de críticas e mostrou ser desconhecido, em seus detalhes, por parte dos estudantes, quando um dos líderes do movimento chegou a dizer que se pretendia demolir os prédios da Praia Vermelha. Na verdade, o Programa de Reestruturação e Expansão da UFRJ (PRE/UFRJ), que segue em discussão, propõe a conclusão das obras no Campus da Ilha do Fundão para abrigar todos os cursos da UFRJ, enquanto as outras unidades seriam transformadas em centros culturais.