O Salão Nobre do Fórum de Ciência e Cultura estendeu o seu tapete vermelho e abriu as suas portas, no começo da noite de domingo (2 de setembro), para receber os participantes do II Simpósio Internacional de Letras Neolatinas. Sobre o mágico cenário, antigo hospital dos alienados, a professora emérita Bella Josef lembrou que “nessas paredes, se conta um pouco da história da nossa instituição e da civilização”. Após a breve menção sobre o passado do Palácio da Cultura da UFRJ, a professora Bella proferiu a conferência Cem anos de solidão: a dialética entre a memória e o esquecimento, metáfora da América Latina, inaugurando o evento, que presta uma homenagem aos 40 anos de publicação da célebre obra do escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez.
“É uma metáfora da história da América com as marcas da mentira e da injustiça cometidas no continente”, pontuou a professora Bella, também reverenciada pela organização do evento por seu trabalho ao ensino da língua hispano-americana. “O papel da literatura é não deixar a emoção se apagar; para que Sherazade continue a contar histórias por mais de mil noites, afastando a morte e o esquecimento”, enfatizou a docente, que foi aluna do poeta Manuel Bandeira.
A solenidade de abertura ainda teve a presença do Decano do Centro de Letras e Artes (CLA), Léo Soares, e do Conjunto de Violões da Escola de
Música da UFRJ como atração cultural. O simpósio prossegue até quarta-feira, na Faculdade de Letras, com a presença de inúmeros convidados estrangeiros e de todo o Brasil em painéis e mesas-redondas sobre cultura, discurso e poder.
Confira toda a programação do evento em:
http://www.letras.ufrj.br/pgneolatinas/segundosimposio/programa.html