Como uma forma de reagir à escassez do banco de sangue que atinge grande parte dos hospitais, no dia 15 de junho, foi realizada uma campanha pela doação de sangue. A iniciativa partiu do Centro Acadêmico Carlos Chagas (CACC) da Faculdade de Medicina da UFRJ e do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) que, para receber os voluntários, reuniu uma equipe no auditório da biblioteca do Centro de Ciências da Saúde (CCS), no campus do Fundão.
Antônio Alexandre, médico do setor de hemoterapia do HUCFF, explicou o processo da coleta. “O voluntário cadastrado foi direcionado a uma sala de espera em que foi exibida uma série de slides com instruções a respeito da doação de sangue. Depois foram realizados alguns exames simples – teste de hemoglobina, medição de pulso, de pressão, e recolhemos dados como a altura e o peso do candidato. Depois de ter o perfil aprovado nessa checagem, encaminhamos o voluntário para uma curta entrevista epidemiológica. Por fim, a coleta”.
Maria Lívia Simões, biomédica atuante no HUCFF, é uma das coletoras de sangue e detalha alguns dos casos em que a doação de sangue não é permitida. “Isso pode ocorrer em razão de o candidato utilizar alguma medicação restritiva, exercer um trabalho que exija muito esforço ou ter ingerido um café da manhã muito gorduroso, além dos motivos mais típicos de não adequação às exigências de peso e altura”.
A equipe, que também recebe apoio de “Amiga Digital”, “Beto Confecções” e “Meninas do bombom”, recebeu cerca de 80 doadores no dia. E os participantes ressalvam a importância de uma campanha como esta.
– O que se observa é uma baixa muito grande no estoque de sangue dos hospitais. Posso mencionar o exemplo do HUCFF, onde são realizados inúmeros procedimentos cirúrgicos, para casos cardíacos, transplantes e etc. Já chegamos ao caso de não podermos efetivar uma cirurgia por falta de sangue de doadores. Também por isso, resolvemos abrir essa coleta externa – argumenta Maria Lívia.