O renomado cirurgião oncológico Marcos Moraes é um dos candidatos à Presidência da Academia Nacional de Medicina (ANM). Como proposta para a academia, Marcos pretende dar um choque de modernidade sem macular a tradição da casa quase bicentenária. No projeto, ainda tem como meta dar assessoria ao governo de Luís Inácio Lula da Silva nas questões de saúde.
Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Uerj, Moraes, atualmente, preside o conselho de curadores da Fundação Ary Frauzino para a Pesquisa e Controle do Câncer e o Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e é, ainda, Governador do Colégio Americano de Cirurgiões para o Brasil.
Gestão pela Qualidade
Criado há seis anos, o Programa de Oncobiologia da UFRJ – cuja premissa é reunir equipes interessadas pela temática câncer, extrapolando instituições, institutos, departamentos e/ou laboratórios – empreendeu várias iniciativas na busca pela qualidade da pesquisa em biologia do câncer. As ações rederam reconhecimento e, hoje, o programa reúne mais de 100 cientistas cariocas numa rede apoiada também pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa no Rio de Janeiro.
Nascido em Palmeira dos Índios, no agreste alagoano, Moraes foi diretor do Instituto Nacional do Câncer (Inca) por cerca de nove anos (1990-1998) e participou da elaboração do Programa de controle do câncer no país.
Como Diretor do Inca promoveu uma ampla reforma: da infra-estrutura e instalações até gestão pela qualidade total, o que resultou em submissão do Instituto a auditorias externas, tanto por instituições nacionais como internacionais. Como resultado, o instituo é reconhecido por suas administrações ágeis e modernas, transformando a assistência e a pesquisa em câncer modelos de referência nacional e internacional. Durante sua gestão à frente do Inca ainda foram incorporados o Hospital de Oncologia (do ex-Inamps), o Hospital Luíza Gomes de Lemos (da Associação das Pioneiras Sociais) e o Pró-Onco (da Campanha Nacional de Combate ao Câncer).
Moraes ainda foi presidente da Sociedade Internacional de Cirurgia Oncológica e representante do Brasil no Programa Mundial de Controle do Câncer, da Organização Mundial da Saúde.
Tradição
Fundada em 1829 sob o reinado do imperador D. Pedro I, a história da Academia é permeada pela prática da medicina no país. Entre seus principais objetivos – inalterados desde sua implantação -, a contribuição para estudos, discussões e desenvolvimento de várias áreas como a cirurgia, a saúde pública e a ciência. A academia ainda atua como centro de referência para a assessoria de diversos governos brasileiros em políticas de âmbito nacional.