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Políticas Educacionais abre Seminário Internacional do CFCH

No dia 30 de março, o Centro de Filosofia e Ciências Sociais (CFCH) da UFRJ realizou o Seminário Internacional de Políticas Públicas: Contextos e Perspectivas. Coordenado pela professora Celi Scalon, o evento reuniu o professor Simon Schwartzman, presidente do IETS (Instituto de Estudo do Trabalho e Sociedade) e a professora Eliza Reis, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ.

O seminário focou-se nas políticas públicas educacionais e apresentou alternativas para os atuais problemas do país nesse setor. Professor Simon iniciou com dados estatísticos para compor um retrato da educação brasileira. Segundo ele, os indícios mais básicos do analfabetismo indicam tendência de melhora. “Em 1992, 12% da população era analfabeta. Em 2005 esse número caiu para 2,5%”, expõe.

Para as crianças a novidade também é boa. O número de matrículas no Ensino Fundamental (EF – 6 a 14 anos) em 2005 estava na faixa de 95%, o que indica que quase todas as crianças brasileiras estão na escola.

Estima-se que 40% dos brasileiros chegam a cursar o Ensino Médio (EM) e que este se encontra em expansão. “Houve uma expansão na década de 90 do ensino público. No Ensino Médio, a expansão é no turno noturno. A população é mais velha e trabalha. Temos também um problema físico, já que esse EM usa as mesmas instalações do EF”, diz Simon.

Outro dado apresentado foi a proficiência escolar dos alunos brasileiros comparados com a de outros países. O Brasil está atrás de países como o México e Turquia. “Dados parecem mostrar que as escolas privadas não apresentam melhores resultados que as públicas, o que acaba com o mito de que elas são melhores”, afirma Schwartzman.

Entre os principais problemas apontados nas políticas educacionais está o limitado alcance das políticas globais, a má qualificação dos professores e políticas de ciclos e promoções automáticas.

Como alternativa, pensa-se no fortalecimento das diretoriais escolares, a fim do maior comprometimento com a educação, a despolitização das escolas, a formação mais adequada dos professores e o encaminhamento de recursos mínimos para investimento.