Criado em 1818 por D. João VI, o Museu Nacional fez 188 anos no dia 6 de junho. E a comemoração foi marcada pela inauguração de duas novas exposições e pela instalação do novo sistema de segurança. Para o diretor do Museu, o professor Sérgio Alex, essa comemoração pode ser considerada um marco na cultura nacional.
“Essa é uma instituição de ensino e pesquisa com 188 anos de ação contínua. Nossas coleções, exposições e pesquisas fornecem um cenário dos avanços da ciência nacional através do tempo”, analisa o diretor do Museu, o professor Sérgio Alex Kugland de Azevedo.
Com um grande e valioso acervo as exposições Arqueologia Pré-Colombiana e Culturas Mediterrâneas -Afrescos de Pompéia representam um resgate do espaço de salas que estavam vazias desde 2000 e uma oportunidade para disponibilizar ao público outra parcela do valioso acervo da instituição. Montadas com apoio da Fundação Vitae, as mais de 500 peças que remontam o legado cultural deixado por povos que habitaram a América Latina e a Europa, vêm, segundo o diretor, trazendo elogios e interesses dos visitantes.
Os atrativos das exposições são muitos, contudo, a sala das mumificações ganha destaque. Os visitantes podem ver a múmia Aymara, uma múmia indígena brasileira de 600 anos que foi doada a D. Pedro II, uma múmia chilena do deserto do Atacama que sofreu uma mumificação natural a partir do frio e do tempo seco do deserto, e uma cabeça Jívaro que surpreende pelo seu tamanho. Outro grande atrativo são os tecidos pré-colombianos, higienizados e acondicionados com o apoio da Fundação Vitae.
Já os afrescos de Pompéia ganham atenção especial pela raridade da peça. Segundo Sérgio Alex, eles retornam à exposição permanente do museu após restauração. Além disso, é possível que o visitante saiba mais sobre a região mediterrânea através de mapas e objetos típicos.
E o Sérgio Alex já promete novas exposições para o público: salão dos dinossauros será inaugurado em agosto, reabertura do corredor dos mamíferos e sala da baleia em outubro e em dezembro a reabertura do bloco IV, fechado há 15 anos.
Investindo em segurança
Outro motivo de comemoração é a instalação do sistema de segurança com câmeras localizadas em diversas áreas do palácio. Orçado em cerca de 1 milhão de reais, segundo o diretor, o investimento vem do Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional (IPHAN), do Ministério da Cultura.
Até agora, algumas câmeras já foram instaladas, dentre elas uma na exposição inaugurada e outra na entrada lateral do prédio. Contudo, até o final do ano novas ações serão adotadas em relação à segurança e prevenção de roubos e furtos.