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Convênio Cenpes/UFRJ abre portas a mestrandos

“A universidade é um local de inovação e boas idéias. Nada mais comum, aproveitarmos bolsistas de mestrado para futuros trabalhos dentro da Petrobras”, ressaltou Carlos Soligo Camerini, gerente geral de Gestão Tecnológica do Cenpes, na abertura da Reunião Anual para apresentação de Projetos de Pesquisa contemplados pelo termo de Cooperação UFRJ/ Petrobras (Edital UFRJ/ PR-2 01/2005). O evento ocorreu no auditório do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), nos dias 9 e 10 de maio.

agencia2553T.jpg“A universidade é um local de inovação e boas idéias. Nada mais comum, aproveitarmos bolsistas de mestrado para futuros trabalhos dentro da Petrobras”, ressaltou Carlos Soligo Camerini, gerente geral de Gestão Tecnológica do Cenpes, na abertura da Reunião Anual para apresentação de Projetos de Pesquisa contemplados pelo termo de Cooperação UFRJ/ Petrobras (Edital UFRJ/ PR-2 01/2005). O evento ocorreu no auditório do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), nos dias 9 e 10 de maio.
Esse é um bom exemplo de como convênios entre empresas e universidades podem trazer progresso tecnológico ao país e ainda promover oportunidades de emprego para seus atuais e futuros mestrandos e doutorandos.
Para ampliar a interação e cooperação entre Cenpes e UFRJ, 60 alunos de diversas áreas foram contemplados com bolsas de mestrado a fim de desenvolverem projetos direta ou indiretamente ligados aos trabalhos técnicos realizados pela Petrobras. Segundo Carlos Soligo Camerini, muitos desses projetos poderão ser consolidados futuramente pelos profissionais da empresa. Ele representou, na cerimônia, o gerente executivo do Cenpes, Carlos Tadeu da Costa Fraga.
A reunião foi aberta pelo professor José Luiz Fontes Monteiro, pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, representando o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira. Durante os dois dias, foram exibidas as trinta linhas de pesquisa selecionadas no ano de 2005. “Esses projetos foram escolhidos por uma comissão mista composta por integrantes do Conselho de Ensino de Pós-graduação (CEPG) e o Cenpes”, disse o pró-reitor. Ele também explicou que as duas comissões indicaram separadamente um conjunto de projetos, e depois se reuniram para fazer a seleção final. De acordo com José Luiz, os projetos não se limitam a responder demandas da Petrobras. “A UFRJ apresentou os projetos nos quais ela estava interessada em trabalhar”.

Projetos inovadores se destacam
Cerca de 180 projetos concorreram, sendo 90 do ano passado e a outra metade este ano. “Entre os projetos do edital de 2005, 60 foram selecionados e 30 classificados”, afirmou Leila Rodrigues da Silva, superintendente acadêmica, que também participou da abertura do evento. “Os outros 30 projetos selecionados neste ano serão apresentados apenas em 2007”. Ao todo, o Cenpes investiu aproximadamente R$ 800 mil em bolsas durante dois anos de convênio.
Os temas escolhidos este ano não tratam apenas de técnicas e pesquisas para produção de petróleo. Assuntos como preservação ambiental e o bem-estar dos trabalhadores petroleiros também fazem parte da lista de projetos. Segundo José Luiz, essa é uma orientação da UFRJ: “uma análise dos projetos contemplados demonstra que programas ligados às ciências sociais e humanas foram selecionados”.
É o caso do trabalho desenvolvido por Juliana Caversan de Barros, do Instituto de Psicologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFRJ. O tema da pesquisa é: Avaliação do Nível de Stress e da Qualidade de Vida em Profissionais Hipertensos do Setor Petroleiro. Juliana, que é orientada pela professora Lucia Emannoel Novaes Malagris, disse que sua pesquisa busca “investigar vulnerabilidades físicas e psíquicas do indivíduo, para sua melhor qualidade de vida, e maior rendimento da empresa”.
Projetos que busquem novas formas de energia também são estimulados pela Petrobras. Um bom exemplo é a pesquisa de combustíveis alternativos como o biodiesel, que vem sendo estudado intensamente pela UFRJ. No segundo dia da apresentação, destacou-se o projeto Biodiesel para a Geração Elétrica em Sistemas na Amazônia, de autoria de Anamélia Medeiros Santos, sob orientação do professor Luiz Pinguelli Rosa.
Outro projeto apresentado no segundo dia chamou a atenção do gerente geral de Gestão Tecnológica do Cenpes: Uma nova concepção para plataformas de petróleo do tipo flutuante, da mestranda Aline Carvalho de Almeida, orientada pelo professor Ronaldo Batista, do Programa de Engenharia Civil/Coppe. Depois de análise dos técnicos, projetos como este poderão ser viáveis.