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Pesquisadores da UFRJ apresentam fóssil

Nesta quarta-feira, dia 16, o Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro anunciou para toda a imprensa a descoberta de mais um fóssil de dinossauro. O fóssil, encontrado nas localidades de Peirópolis, em Uberaba, Minas Gerais, é de um Crocodilomorfo, uma espécie de parente distante dos jacarés e crocodilos viventes, que existiu no período Cretáceo brasileiro e já foi extinto há cerca de 70 milhões de anos.

agencia1768T.jpgNesta quarta-feira, dia 16, o Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro anunciou para toda a imprensa a descoberta de mais um fóssil de dinossauro. O fóssil, encontrado nas localidades de Peirópolis, em Uberaba, Minas Gerais, é de um Crocodilomorfo, uma espécie de parente distante dos jacarés e crocodilos viventes, que existiu no período Cretáceo brasileiro e já foi extinto há cerca de 70 milhões de anos.
A cidade de Uberaba e os municípios vizinhos estão localizados sobre uma ampla bacia sedimentar, chamada pelos geólogos de Bacia Bauru. Trata-se de uma região com mais 350.000 km a qual estendem-se também outros estados. Tal região do triângulo mineiro tem sido alvo de intensas investigações paleontológicas desde meados da década de 1940. Com o avanço das pesquisas, a região se tornou um dos maiores e mais importantes sítios paleontológicos da América do Sul.
O Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price foi o grande encarregado da descoberta. Tendo por hábito estudar, durante um ano, determinada área, o Centro de pesquisas acaba achando fósseis de todos os tipos que, depois de encontrados, estudados e analisados, são enviados para o Museu dos Dinossauros – o Museu foi criado com o intuito de mostrar o resultado das pesquisas realizadas no Centro.
Uberabasuchus Terrificus, assim está sendo chamado, era um animal carnívoro, com 2,5 metros de comprimento e 300 kg de peso. Apesar do tamanho e do peso, uberabasuchus era bastante ágil, capaz de se deslocar com facilidade por longas distâncias em terra firme. Tal agilidade era garantida pelos longos membros locomotores que possuía. Assim, foi um dos maiores predadores do período Cretáceo, razão pela qual o fóssil recebeu o nome de o terrível crocodilo de Uberaba (Uberabasuchus Terrificus).
Durante a coletiva, a imprensa só pode analisar e fotografar o crânio do dinossauro, pois, segundo Leonardo Avilla, doutorando da UFRJ, o restante do fóssil ficou guardado no Museu. “Ele foi encontrado em perfeito estado, praticamente completo. Sendo que, devido ao tamanho e ao peso, não podemos trazê-lo por inteiro” – disse.
Ismar de Souza carvalho, professor da UFRJ, afirmou que essa foi uma das descobertas paleontológicas mais importantes dos últimos anos no Brasil e que ela representa muito para a universidade. “Uma descoberta como essa é importante porque consolida um grupo de pesquisa encarregado de analisar fósseis e rochas que contribuem na compreensão das transformações existentes na era mesozóica” – afirmou.