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Carência de professores na UFRJ

Carência de professores na UFRJ: números e soluções

A UFRJ tem hoje um total de 3361 professores atuando nos diversos Centros e unidades. Destes, aproximadamente 3127 são professores concursados. Os demais se dividem em 305 substitutos e 29 visitantes. Se existe um número significativo como este de substitutos é porque há a insuficiência na quantidade de docentes. No final do mês de setembro, foi divulgado um edital de Concurso Público de Provas e Títulos para provimento de vagas de Professor Adjunto. Foram abertas 17 vagas distribuídas por 17 unidades, ou seja, uma vaga para cada uma delas. É um número ínfimo perto da real necessidade da instituição.
“Qualquer vaga a mais sempre ajuda, porque a situação de professores na UFRJ é crítica. Existem unidades, inclusive, onde grande parte dos professores são substitutos”, afirma o pró-reitor de Ensino de Graduação e Corpo Docente, José Roberto Meyer. Ele assegurou que ainda não se tem um inventário do total das necessidades de professores para a UFRJ, mas acredita que o número de substitutos espalhados pelas diversas unidades e concentrado em algumas delas é um bom indicativo da situação caótica.
As unidades mais carentes são o Colégio Aplicação (CAP), a Escola de Belas Artes, a Faculdade de Arquitetura e a Faculdade de Letras. Estas e outras unidades, muitas vezes, ficam com seus cursos comprometidos, impossibilitadas de oferecer determinadas disciplinas por falta de docentes. Isso porque, por exemplo, um professor de física poderia até dar um curso de cálculo, mas é inimaginável um professor de português-inglês dar aula de português-japonês.
Para José Roberto, a única maneira de solucionar de vez este problema é através de abertura de concursos públicos. Grave, porém, é o número de vagas: “Se fossem abertas o número de vagas correspondente ao de substitutos, pode-se dizer que seriam supridas as necessidades atuais, mas é preciso estar olhando o desenvolvimento das unidades. Portanto, o mínimo hoje para resolver a carência seriam cerca de 300 vagas”, enfatizou o pró-reitor. José Roberto lembrou ainda que a perda de professores por aposentadoria, exoneração e morte é grande e que a alocação de vagas na UFRJ depende do MEC. O Ministério alega necessidade de contenção de despesas, o que dificulta a alocação de vagas na universidade.
O pró-reitor deixou claro que a UFRJ está buscando junto ao MEC a liberação de novos concursos e contabilizou resultados: até o final deste ano, está prevista a aprovação de mais um edital de concurso, em que serão abertas mais 118 vagas para professor adjunto (112 de 3º grau e 6 para o CAP), que já têm data de alocação marcada para o dia 3 de março de 2004.
Confira clicando aqui o edital completo do concurso aberto no final de setembro.