José Luís Molino, servidor da UFRJ e lotado no Museu Nacional, desde 1978 atuando como vigilante na Estação Biológica de Santa Lúcia – uma área avançada de 450 hectares situada no município de Santa Teresa, Espírito Santo -, é o grande homenageado desta quinta-feira, dia 16, quando terá batizado com o seu nome a pequena ponte em madeira sobre o rio Timbuí, ligando as trilhas de Tapinoã e do Rio. Esta ponte, com 28 metros e situada logo à entrada é, praticamente, a única via de acesso a todo o resto da Estação. A ponte foi construída em substituição à outra que caiu, levada pelas corredeiras do rio durante fortes chuvas, e é resultado de um trabalho conjunto entre os Museus de Biologia Professor Mello Leitão e o Museu Nacional, a Sociedade dos Amigos do Museu Nacional (entidade sem fins lucrativos do Museu, existente desde 1937), e a UFRJ, através da equipe chefiada pelo engenheiro Paulo Frade, que conseguiu montar as estruturas metálicas em tempo recorde.
A Estação Biológica de Santa Lúcia, por sua vez, é uma área avançada que se presta hoje a inúmeros trabalhos de pesquisa em botânica, zoologia, ecologia e antropologia, além de significar um importante trecho de conservação da Mata Atlântica. Seus proprietários são a Universidade Federal do Rio de Janeiro (proprietária de 156 hectares), a Sociedade de Amigos do Museu Nacional (com 129 hectares) e o Museu de Biologia Prof. Mello Leitão (fundado pelo pesquisador Augusto Ruschi, com 53 hectares). E a administração se dá através de um Conselho Administrativo.
Antigo colaborador de Ruschi, José Luís Molino, atualmente contando 48 anos de idade, dedica-se a monitorar e registrar as variações de temperatura local que, depois, ajudarão nas pesquisas de campo ali realizadas. Como guarda da Estação, ele é responsável por abrir e manter as trilhas, controlar o entra-e-sai de pessoas, proteger a área da invasão de caçadores, acompanhar e guiar pesquisadores e visitantes, além de cuidar da preservação da fauna e flora locais. Como funcionário do Museu Nacional continua sendo um grande colaborador de trabalhos de preservação e de melhorias da área propostos pelo Núcleo de Preservação Ambiental.
Além do Museu, outras unidades da UFRJ – como o Instituto de Biologia – realizam trabalhos de pesquisa na Estação Biológica de Santa Lúcia. Mais recentemente, a Universidade Federal do Espírito Santo e a Escola de Ensino Superior do Educandário Seráfico São Francisco de Assis passaram igualmente a fazer estudos no local.