O ministro da educação Paulo Renato Souza lançou ontem o programa Diversidade na Universidade que visa melhorar as oportunidades de ingresso e permanência da população negra e indígena no ensino superior. O programa destinará verbas a ONGs e entidades filantrópicas que atuem na área da educação e foi instituído através de medida provisória publicada no Diário Oficial do dia 26 de agosto. Um dos projetos escolhidos é desenvolvido pela Coordenação de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE-UFRJ).
Segundo o governo, apesar dos avanços obtidos nos últimos anos no campo da educação, a desigualdade racial continua evidente nas universidades. Na solenidade de lançamento foram assinados os primeiros convênios entre o Ministério da Educação (MEC) com instituições de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia que irão beneficiar 820 estudantes que concluíram ou estão concluindo o ensino médio.
Apenas dois projetos do Rio foram escolhidos. Entre eles encontra-se o da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares que é desenvolvido pela COPPE e recebeu R$ 30.328 do MEC. O programa é uma parceria com a ONG Educafro e mantém dois cursinhos de pré-vestibular, um no campus da praia Vermelha e outro na Ilha do Fundão, atendendo a um total de 80 estudantes negros. Nele dão aulas professores da própria UFRJ, da UERJ e da UFF.
O MEC conta com R$ 9 milhões para o programa Diversidade na Universidade, sendo que R$ 5 milhões vieram do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para conceder bolsas e criar cursinhos de pré-vestibular nos próximos três anos.