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Audiência Pública esclarece projeto dos Ativos Imobiliários da UFRJ

Debate ocorreu no dia 4/7, na Cidade Universitária

A UFRJ promoveu na quinta-feira (4/7) um encontro aberto à sociedade para apresentação do projeto de Valorização dos Ativos Imobiliários da UFRJ, em relação à alienação do edifício Ventura Corporate Towers, localizado no Centro do Rio de Janeiro. A audiência pública aconteceu no Auditório Rocco, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), na Cidade Universitária.

O edifício Ventura Corporate Towers é um edifício comercial de alto padrão, construído em 2010, localizado no Centro do Rio de Janeiro. A UFRJ é dona de 11 andares desse prédio e atualmente ocupa dois deles, alocando atividades da Escola de Música, temporariamente, em virtude de uma necessidade emergencial. 54% desse espaço está alugado e 25%, vago. A proposta do projeto é trocar a área que a UFRJ detém, equivalente a 16.663m2, por investimentos em infraestrutura em diferentes campi da Universidade.

Cláudia Ferreira da Cruz, pró-reitora de Gestão e Governança da UFRJ (PR-6), e João Carlos Ferraz, professor do Instituto de Economia, apresentaram o projeto. Roberto Medronho, reitor da Universidade, também esteve presente, participando do debate e dirimindo as dúvidas da plateia.

João Carlos Ferraz explicou que o objetivo da proposta é “basicamente fazer investimentos em obras de infraestrutura física da UFRJ”. Segundo o documento apresentado, o objetivo é “melhorar as condições físicas das instalações, por meio de investimentos em edificações inacabadas ou novas infraestruturas acadêmicas, atendendo às necessidades de estudantes, docentes, pesquisadores e servidores técnico-administrativos”. Ele destacou também que isso é o que vem guiando a discussão que vem sendo realizada há três mandatos de diferentes reitorias, ao longo de sete anos. Dessa forma, não haverá transações em dinheiro, mas sim a entrega de obras como contrapartidas à alienação do edifício.

Ferraz também demonstrou que, em relação à área construída, a Universidade oferece 16.663m2 e recebe de volta 71.354m2, graças às novas obras e à conclusão das que estão em andamento. Já Claudia Ferreira da Cruz apresentou as potenciais contrapartidas da transação.  A pró-reitora destacou que todas elas consideram critérios definidos pelo Plano Diretor 2030 da UFRJ − instrumento básico para orientar o desenvolvimento da Universidade, nos próximos anos, nos planos físico-territorial e patrimonial. “São contrapartidas que decorrem de um processo histórico, iniciado em gestões anteriores, mas que também consideram critérios definidos pelo Plano Diretor”, afirmou Cruz.

 Segundo ela, as obras contemplam quase todos os centros da Universidade, começando pela Escola de Música, que está temporariamente instalada no edifício Ventura, sendo assim a prioridade. A proposta é que a maioria das obras seja realizada na Cidade Universitária, mas há previsão também para o campus de Macaé. Restaurantes Universitários, conclusões de obras inacabadas e novas salas de aula estão no escopo do projeto. O conjunto das contrapartidas prevê que mais de 10 mil beneficiários sejam atendidos. A estimativa é que o primeiro bloco de obras seja iniciado no oitavo mês da assinatura do contrato, tempo esperado para obtenção de licenças, entre outras necessidades.

Por meio do debate com a comunidade universitária que esteve presente, os participantes, juntamente com o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, tiveram a oportunidade de debater e tirar dúvidas referentes aos objetivos, critérios para as contrapartidas e prioridades, prazos, entre outros temas.

A próxima audiência pública sobre o tema está marcada para quarta-feira (10/7), das 11h às 13h, no Salão Pedro Calmon − Av. Pasteur, 250, Campus Praia Vermelha, Urca, Rio de Janeiro.