Na vanguarda de pesquisas nas ciências naturais, o Museu Nacional (MN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro adquiriu um microtomógrafo para realizar análises detalhadas de amostras. O equipamento é único no Brasil, segundo o professor Cristiano Moreira, coordenador do Comitê Gestor dos Laboratórios do Museu Nacional. A máquina, que gera imagens tridimensionais em alta resolução, é fundamental para a pesquisa, de acordo com o pesquisador. Com o microtomógrafo, a equipe do MN poderá visualizar as estruturas interna e externa de itens pequenos em visão minuciosa e 360 graus.
Para Moreira, entre as vantagens de uso do microtomógrafo estão a análise do que antes era “invisível”, o aprimoramento das pesquisas já feitas e a maior integridade do acervo. Será possível investigar sem utilizar técnicas que danifiquem exemplares, principalmente os mais antigos. Todas as amostras tomografadas estarão salvas e disponíveis a pesquisadores de dentro e fora da instituição.
O Museu Nacional já buscava adquirir o microtomógrafo há quase cinco anos. O melhor é que ele não ficará restrito a um laboratório ou área, uma vez que todos os departamentos poderão usar o aparelho. O equipamento tem diversas funcionalidades e pode imprimir objetos em 3D. Além disso, ainda que apresente radiação (como todo tomógrafo), não demanda grandes precauções. Para o uso correto da máquina, equipes de profissionais estão recebendo treinamento especial.
*Sob a supervisão do jornalista Sidney Rodrigues Coutinho.