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Cultura Pelo Campus

Trajetos culturais pela UFRJ 

Estudantes podem fazer visitas guiadas a espaços culturais do estado

Há mais de cinco anos, a Pró-Reitoria de Políticas Estudantis (PR-7) tem desenvolvido um projeto que tem como objetivo facilitar o acesso dos discentes dos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aos diferentes equipamentos culturais, em especial os da UFRJ, por meio de roteiros pensados e construídos coletivamente com o próprio corpo de alunos, ampliando o capital social e cultural dos futuros profissionais formados pela Universidade.

Inicialmente surgido como Ônibus Cultural, quando a Pró-Reitoria ainda era Superintendência-Geral de Políticas Estudantis (SuperEst), o projeto hoje leva o nome de Trajetos Culturais e já passou por espaços como o Cais do Valongo e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. 

Organizado pela Divisão de Esporte, Cultura e Lazer (Decult), o planejamento inicial tinha como premissa levar os estudantes aos equipamentos culturais da Universidade, como o Museu da Geodiversidade, o Observatório do Valongo, a Casa da Ciência, entre outros. A iniciativa foi desenvolvida a partir da observação de que a UFRJ, em seus diferentes campi, é uma unidade de ensino superior que reúne museus, uma casa de espetáculo, livraria, bibliotecas, estádios e ginásios poliesportivos e de que muitos destes espaços não eram conhecidos pela sociedade civil.

Visita ao Sítio Arqueológico Sambaqui da Tarioba, | Foto: Acervo Decult

Diante disso, desde 2018, estudantes de graduação já podem ser acompanhados em visitas guiadas por espaços da UFRJ, mas não só. Ao longo dos anos, os trajetos também passaram por pontos relevantes da história do estado como o Sítio Arqueológico Sambaqui da Tarioba, situado no município de Rio das Ostras, e o Museu da Cidade de Macaé. No último dia 9/11, a visita guiada foi realizada no Museu Nacional (MN), onde os estudantes puderam conhecer a exposição Um museu de descobertas, que ainda não foi aberta ao público. 

As inscrições normalmente ultrapassam o número de vagas, que são definidas por sorteio. A estudante do terceiro período do curso de Direito da UFRJ Ana Carolina da Silva conheceu o projeto a partir da experiência de visitação à Bienal do Livro, em setembro deste ano. Desde então, ela tem se inscrito em todas as visitas seguintes, por achar que são experiências relevantes e transformadoras. Ela ficou feliz em ter sido sorteada para a visita ao MN. 

A estudante Ana Carolina da Silva. | Foto: Ana Marina Coutinho (SGCOM/UFRJ)

“Vou porque acho muito importante ter um olhar multidisciplinar. Meu curso é muito teórico, mas o projeto expande as possibilidades. É muito bom que nós, enquanto futuros profissionais, aproveitemos tudo que a Universidade tem a oferecer”, conta a aluna.

Para Jéssica Luzes, técnica em assuntos educacionais que faz parte da equipe à frente do projeto, este é uma forma de fortalecer as rotas culturais do estado. “A ideia é fortalecer a democracia cultural entre os alunos de graduação da Universidade, levando-os a conhecer espaços culturais do Rio de Janeiro, inclusive os da UFRJ, tombados ou não”, conclui.