Amanhã, 24/11, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi/UFRJ) promoverá a segunda edição do Temporadas Artenegríndias. O evento fomenta debates e atividades sobre as culturas pretas e indígenas. A ação acontecerá no edifício Jorge Machado Moreira (o antigo prédio da Reitoria), a partir das 10h. Neste ano, o tema é “40 anos de hip hop no Brasil”.
Ligado às questões sociais e urbanas, o hip hop, originário dos Estados Unidos, chegou em 1980 nas terras brasileiras. O movimento foi abraçado pelas minorias na luta pela ocupação da cidade. Foi por meio do break, do rap, do grafite e do skate que elas encontraram formas de resistir, denunciar o racismo e falar da vida cotidiana das periferias. Quem visitar o evento poderá participar de oficinas de grafite, rodas de danças e batalhas de rimas, além de poder aprender a andar de skate em uma pista instalada especialmente para o Temporadas Artenegríndias.
Esta edição contará, também, com feira de expositores afro-indígenas, mostra de filmes e debates sobre a valorização do hip hop e a relação das expressões culturais com os espaços universitários. Rachel Aguiar, diretora do Neabi, acredita que o mais importante de o movimento de rua estar presente na Universidade é “a perspectiva do do your self, no qual um grupo/coletivo se reúne para revitalizar espaços públicos com arte”. A ação está buscando dar cara nova às quadras da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) para tornar o espaço receptivo a outras atividades culturais. O local seria a sede do evento, mas, por causa da previsão do tempo, teve de ser alterado para o antigo prédio da Reitoria.
“A maior contribuição será esse legado tanto para quem produz como para quem acompanhará e aprenderá ao longo das inúmeras atividades culturais”, finalizou Rachel Aguiar.
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*Sob supervisão do jornalista Sidney Rodrigues Coutinho