Categorias
Pelo Campus Tecnologias

Biofísica na UFRJ: 60 anos construindo o futuro

Para celebrar a data, foi realizado simpósio com grandes nomes do PPG-Biofísica

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas – Biofísica, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF), comemorou 60 anos de existência no mês de outubro. Para celebrar a data, no dia 17/10 um evento ocupou o Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio de Janeiro, recebendo pesquisadores, docentes, discentes e egressos do instituto, que tem em sua história nomes como a ex-reitora da UFRJ Denise Pires de Carvalho.

Ao longo do dia, foram apresentadas pesquisas em áreas como inteligência artificial, doenças emergentes e desenvolvimento de terapias gênicas para tratamentos inovadores. Além disso, foram abordadas discussões relevantes como o futuro da educação e o papel das universidades na redução das desigualdades sociais e raciais. Do ponto de vista de gênero, a comemoração também discutiu um movimento de valorização das mulheres na ciência, com a criação de um prêmio em homenagem à pesquisadora e antiga professora do IBCCF Doris Rosenthal.

O prêmio Mulher Cientista Pioneira será oferecido anualmente pelo instituto a mulheres que se destaquem nas áreas de Ciências da Natureza. Levando o nome da pesquisadora que colaborou por mais de 20 anos com o IBCFF, o movimento busca incentivar a trajetória de mulheres a partir do exemplo de Dóris. Graduada em Medicina pela Universidade do Distrito Federal (atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Uerj) em 1957, foi quase 20 anos depois que defendeu seu doutorado em Ciências Biológicas na UFRJ, em 1975. Desde o início de sua trajetória acadêmica, buscou defender o espaço das mulheres na área médica, àquela época ocupada principalmente por homens. Em 1977, foi aprovada como professora adjunta do IBCCF, onde permaneceu até sua aposentadoria, em 2002. 

Dóris Rosenthal foi homenageada. | Foto: Ana Marina Coutinho (SGCOM/UFRJ)

Outro nome relevante da história do instituto é o neurocientista e biólogo Sidarta Ribeiro. Além de ser professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e um dos fundadores do Instituto do Cérebro da entidade, o pesquisador tem publicações dentro e fora do país em temas como sono, sonho e memória; psicodélicos e política de drogas; e neurociência aplicada à educação. Em sua palestra, ele apresentou pesquisa realizada com alunos da rede pública do Rio Grande do Norte na qual demonstrou que 30 minutos de sono colaboravam no aprendizado dos estudantes em comparação àqueles que não descansavam. A ideia do cientista é poder utilizar esse estudo em maior escala, em parceria com o Ministério da Educação.

Além de receber representantes da UFRJ, também estiveram presentes personalidades de instituições como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade de São Paulo (USP), Academia Brasileira de Ciências (ABC) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).