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Pelo Campus

Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação apresenta um novo momento para a pasta

Em visita à Universidade, ela falou sobre a necessidade de investir financeiramente na área a fim de alavancar seu crescimento

O auditório Rodolpho Rocco (Quinhentão), localizado no Centro de Ciências da Saúde (CCS), na Cidade Universitária, estava lotado. Apesar de a Universidade Federal do Rio de Janeiro estar oficialmente em férias, todas as poltronas foram preenchidas enquanto outras pessoas se mantinham de pé para ouvir a ministra Luciana Santos, na segunda-feira, 31/7. Apresentando a palestra Novos Tempos para a Ciência e a Tecnologia no Brasil, a representante do governo anunciou novidades e reforçou que o mandato enxerga a pasta como parte integrada do seu programa.

Luciana é a primeira mulher a comandar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Ela destacou, entre outros pontos, a necessidade de o país passar por várias mudanças, que já vêm sendo planejadas e implementadas em parceria com demais pastas e instituições. Entre elas, a ministra defendeu a transição energética, em busca de modelos de produção de energia que sejam mais sustentáveis, e a transformação digital, a fim de encarar a nova conjuntura internacional, que inclui inteligência artificial, energia quântica etc.

A ministra celebrou, ainda, a recuperação integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com R$ 10 bilhões para serem investidos em 2023. Além do aumento das bolsas de pesquisa, já instituído, outras iniciativas anunciadas envolvem a criação de uma Escola Nacional que absorva os alunos das Olimpíadas de Matemática e a criação de espaços de Ensino em Tempo Integral. Nesse caso, um dos turnos seria mais dedicado aos estudos das ciências em diferentes níveis da educação.

“O Brasil voltou. Estamos aqui para mostrar que a Ciência e Tecnologia também voltou e que a Universidade não é um espaço de balbúrdia, como se dizia. É um espaço de excelência. A ciência existe para encontrar respostas para os nossos problemas”, ressaltou.

Para o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, saúde, educação, ciência e tecnologia não podem ser áreas a serem negociadas. Ele reforçou a importância de o ministério buscar caminhar ao lado das instituições de ensino, pesquisa e extensão, como as Universidades, principalmente diante do interesse demonstrado pela comunidade da UFRJ. “Estamos de férias, mas esse auditório está lotado. É importante ter a ministra aqui para mostrar os novos tempos da ciência. Estamos ao seu lado nessa luta”, disse ele.

A ministra Luciana Santos e a vice-reitora Cássia Turci se abraçam. Ao fundo, pode-se ver o auditório lotado.
Foto: Fábio Caffé (SGCOM/UFRJ)

Além do reitor, a mesa recebeu a vice-reitora Cássia Turci; o decano do CCS, Luiz Eurico Nasciutti; o secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luis Fernandes; a secretária municipal de Ciência e Tecnologia, Tatiana Roque; o reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e presidente do Fórum das Universidades Públicas Estaduais e Instituições Federais de Ensino, Roberto Rodrigues. Estiveram presentes também as parlamentares Jandira Feghali e Dani Balbi, e os presidentes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima da Silva.

A ministra

Luciana Santos é engenheira eletricista, graduada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foi presidente do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem), deputada estadual, prefeita de Olinda, secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, deputada federal e vice-governadora de Pernambuco.