A UFRJ irá contratar mais 104 brigadistas, totalizando 124 postos de trabalho para operacionalização da brigada de incêndio em diversas unidades, a serem implementados em até 30 dias. A ação se dá graças à disponibilidade financeira informada pela Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3) e ao apoio da Coordenação de Projetos contra Incêndio, do Escritório Técnico da Universidade (CPCI/ETU).
O superintendente-geral de Gestão da Pró-Reitoria de Gestão e Governança (PR-6), Rodrigo Gama, informou que o valor anual previsto para os novos contratos é de R$ 5,9 milhões, alcançando mais de R$ 7 milhões por ano para os serviços de bombeiro civil (brigada de incêndio) em prédios da UFRJ. As empresas responsáveis serão a Med Mais Soluções em Servicos Especiais Ltda. e a Conseg Equipamentos e Sistemas Contra Incêndio Ltda. As atas de registro de preços vigentes e termos contratuais estão disponíveis para consulta.
A expectativa para os novos postos de brigadistas é:
Unidade | Bombeiros |
---|---|
Colégio de Aplicação (CAp) | 4 |
Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE) | 4 |
Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) | 8 |
Centro de Ciências da Saúde (CCS) | 12 |
Coppead (Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração) | 4 |
Centro de Tecnologia (CT) – Blocos A ao I | 14 |
Centro de Tecnologia (CT) – Blocos J ao Z | 4 |
Centro de Tecnologia 2 (CT2) | 4 |
Escola de Música (EM) | 4 |
Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) | 4 |
Faculdade Nacional de Direito (FND) | 4 |
Gráfica, Almoxarifado Central, Garagem, Polo Náutico, Pós-EBA/Superast | 4 |
Hospital-Escola São Francisco de Assis (Hesfa) + Escola de Enfermagem Anna Nery (Eean) | 4 |
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs) e Instituto de História (IH) | 4 |
Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e CAp campus Cidade Universitária | 4 |
Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) | 4 |
Maternidade Escola (ME) | 4 |
Museu Nacional (MN) | 6 |
Palácio Universitário, Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC), Prefeitura Universitária e Subprefeitura Universitária Praia Vermelha, Instituto de Relações Internacionais e Defesa (Irid) | 8 |
Total | 104 |
“Foi aberto um processo administrativo para uma nova licitação de contratação da prestação de serviços de bombeiro civil (brigada de incêndio). Assim, será possível atender unidades não contempladas com a contratação inicial, tais como os campi de Macaé e de Duque de Caxias”, explica Gama.
Roberto Machado Corrêa, coordenador da CPCI/ETU, explicou que também haverá postos de bombeiro civil na Residência Estudantil e no prédio do Largo São Francisco de Paula. Entre as unidades que já possuem bombeiros civis estão o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e o edifício Jorge Machado Moreira, cujo posto também poderá atender à Faculdade de Letras.
Além da contratação de bombeiros civis, a UFRJ pretende ampliar a segurança nos seus campi. A CPCI foi criada com o objetivo de elaborar Projetos de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP) para certificação dos prédios da UFRJ junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (Cbmerj), iniciando processos de análise de projeto e evitando, por conseguinte, o recebimento de notificações e autos de infração.
“Em primeiro lugar está a vida das pessoas que fazem da UFRJ ser referência em ensino, pesquisa e extensão, de importância fundamental em ciência e tecnologia para o progresso do Brasil. Em segundo, está a segurança patrimonial dos prédios, com seus acervos históricos, bibliotecas, laboratórios com pesquisas até centenárias, entre outros aspectos importantes do saber. É necessário dar proteção a tudo isso”, pontua Corrêa.
Ele explica que, para elaborar um PSCIP, é necessário identificar as características do edifício e as medidas de segurança contra incêndio e pânico. “O Plano de Emergência Contra Incêndio e Pânico (Pecip) pode ser uma dessas medidas exigidas. Ele é elaborado com base nos riscos de incêndio e pânico da edificação, de forma a adotar ações e procedimentos, visando à proteção da vida, do meio ambiente e do patrimônio, além da redução das consequências de sinistros. Ademais, contém as características gerais da edificação, os procedimentos básicos de emergência contra incêndio e pânico, o plano de abandono, a previsão de exercícios simulados e as plantas de emergência”.
Segundo Corrêa, o procedimento de elaboração, aprovação e execução de um PSCIP pode levar alguns anos. “Por isso, optou-se também por contratar bombeiros civis e serviços de aquisição e instalação de placas de sinalização de emergência, iluminação de emergência e extintores. Isso já está sendo implementado em alguns prédios, enquanto são aguardadas as obras civis de adequação e certificações.”
A iniciativa deixará o legado da certificação dos prédios da UFRJ junto ao Cbmerj, mas pretende ir além.
“Aos gestores, que providenciem a manutenção dos dispositivos de combate a incêndio, contratação de bombeiros civis e o treinamento de brigadas voluntárias. Aos professores e técnicos-administrativos, que respeitem as rotas de fuga, não obstruindo os corredores com obras, móveis ou descartes, nem fazendo ampliação ou uso indevidos das instalações elétricas e de gases. Aos alunos, que denunciem à Ouvidoria da UFRJ toda irregularidade encontrada que atente à segurança em relação a incêndio e pânico. Por fim, a todos, que participem periodicamente dos exercícios simulados de combate a incêndio e escape do prédio e, tendo aptidões, sejam membros da brigada voluntária”, conclui.
*Sob supervisão de Victor França