As bolsas de iniciação científica (Pibic) serão reajustadas este mês, conforme anunciado pelo governo federal em fevereiro. Segundo o anúncio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o aumento de 75%, o valor passará de R$ 400 para 700 mensais.
Atualmente, a UFRJ possui duas bolsas de iniciação científica, Pibic-CNPq e Pibic-UFRJ, que depende do orçamento da própria Universidade. A Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3) anunciou que vai complementar o valor da bolsa Pibic-UFRJ para equiparar os valores.
“As bolsas de monitoria, iniciação científica e extensão que eram no valor de R$ 400 passarão a ser de R$ 700. A diferença é que a de iniciação científica será paga imediatamente, porque é uma contrapartida que fizemos para o CNPq. A UFRJ paga cerca de mil bolsas e o CNPq, outras mil”, explica o pró-reitor da PR-3, Eduardo Raupp.
Outras bolsas acadêmicas também devem ser readequadas, mas dependem de suplementação orçamentária, como afirma o pró-reitor de Graduação, Marcelo Pádula.
“A suplementação orçamentária é aguardada pela PR-3, mas já temos a informação de que, tão logo a referida suplementação chegue, será possível o pagamento retroativo dos aumentos”, disse Pádula.
Segundo Roberto Vieira, pró-reitor de Políticas Estudantis (PR-7), as bolsas de graduação também serão reajustadas, mas ainda não se sabe qual o percentual a ser adotado. Um estudo está sendo realizado pela equipe da PR-7 para definir esse percentual. Na próxima quarta-feira, 22/3, a pasta se reunirá com a representação estudantil para discutir detalhes sobre a concessão do reajuste. A expectativa é que os efeitos financeiros do reajuste aconteçam já na próxima folha de pagamento.
Em 16/2, o atual governo anunciou reajuste para as bolsas de graduação, pós-graduação, iniciação científica e permanência em todo o país. Os aumentos variam entre 25% e 200% e devem começar a ser implementados a partir deste mês. A maior porcentagem de reajuste está no valor das bolsas de iniciação científica no ensino médio, que terão acréscimo de 200%. Já as bolsas para formação de professores da educação básica, permanência e iniciação científica receberão aumento de até 75% nos valores. A determinação do governo atingirá também as bolsas de mestrado e doutorado, com variação de 40%.
*Sob supervisão de Victor França