O professor Marco Lucchesi, da Faculdade de Letras (FL) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, assumirá, no novo governo federal, a presidência da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), ligada ao Ministério da Cultura, liderado por Margareth Menezes. Em 2019, o docente ministrou aula magna na Universidade, intitulada “Universidade e Construção do Ocidente”. Relembre.
Imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Lucchesi foi pesquisador-visitante, em 2022, do Centro de Estudos da Ásia Central, Cáucaso, Turquia, Tibete e Irã, do Departamento de Ásia, África e Mediterrâneo, da Universidade Oriental de Nápoles (Itália). Historiador pela Universidade Federal Fluminense (UFF), é mestre e doutor em Ciência da Literatura pela UFRJ, com estágio de pós-doutorado pelo Petrarca Institut, da Universidade de Colônia (Alemanha).
Lucchesi foi professor-visitante em universidades da Europa e América Latina. Tem larga experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Comparada. Como pesquisador, debruça-se, em especial, sobre os seguintes temas: poesia, língua e literatura, filosofia, discurso literário e histórico, construção crítica da modernidade. Lucchesi já foi editor das revistas Poesia Sempre, Tempo Brasileiro e Mosaico Italiano. Também foi diretor, entre 2012 e 2017, na fase VIII da Revista Brasileira, da Academia Brasileira de Letras.
O professor ainda foi editor de obras raras da Biblioteca Nacional, entre 2006 e 2011. O imortal presidiu a ABL entre 2018 e 2021, e é sócio da Academia das Ciências de Lisboa, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Académie de la Latinité, da Academia Paraguaya de la Lengua Española, da Accademia Lucchese di Scienze, Lettere e Arti, da Academia Fluminense de Letras e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O docente desenvolve projetos literários e educativos em comunidades, associações comunitárias, escolas e prisões no Rio de Janeiro, tendo recebido diversos prêmios e títulos durante a trajetória profissional, entre eles o Prêmio Internacional da Latinidade (2019), Jabuti (2004 e 2015) e Alceu Amoroso Lima (2008). É doutor honoris causa pela Universidade Aurel Vlaicu din Arad e Universitatea Tibiscus, ambas na Romênia.
A FBN é o órgão responsável pela execução da política governamental de captação, guarda, preservação e difusão da produção intelectual do país. Com mais de 200 anos de história, é a mais antiga instituição cultural brasileira.
Possui acervo de aproximadamente 9 milhões de itens e, por isso, foi considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) uma das principais bibliotecas nacionais do mundo. Para garantir a manutenção desse imenso conjunto de obras, a FBN possui laboratórios de restauração e conservação de papel, oficina de encadernação, centro de microfilmagem, fotografia e digitalização.
O professor Muniz Sodré, da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, também já presidiu a FBN, no período de 2009 a 2011.