Atualizado às 16h23 de 22/12/2023
A professora associada Esther Dweck, do Instituto de Economia da UFRJ, foi escolhida para ser ministra de Gestão do governo brasileiro a partir de 2023. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira, 22/12, pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, que toma posse no dia 1º/1. O atual Ministério da Economia será dividido em quatro pastas: Fazenda, Indústria e Comércio, Planejamento e Gestão.
O Ministério de Gestão será criado “para melhorar a qualidade da gestão pública, racionalidade, buscar redução do custeio da máquina pública, buscar melhorar o uso da tecnologia na oferta de serviços públicos para a população”, explicou Rui Costa, futuro ministro da Casa Civil, no dia 17/12.
A futura ministra trilhou sua carreira acadêmica na UFRJ: fez graduação, doutorado e, hoje, é docente da instituição. No doutorado, Dweck realizou, ainda, período-sanduíche no Laboratory of Economics and Management (LEM), da Scuola Superiore Sant’Anna di Studi Universitari e Perfezionamento, em Pisa, na Itália. Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Economia do Setor Público, a cientista econômica dá ênfase em seus estudos à economia do setor público, crescimento e desenvolvimento econômico. Sua trajetória acadêmica se pauta principalmente nos seguintes temas: regime fiscal e participação do Estado, crescimento liderado pela demanda, integração micro-macro, análises de insumo-produto e modelos de simulação. Entre junho de 2011 e março de 2016, a professora atuou no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) no cargo de chefe da Assessoria Econômica (2011-2014) e como secretária de Orçamento Federal (2015-2016).
Além disso, o Conselho Federal de Economia (Cofecon) concedeu à Dweck o prêmio de Mulher Economista de 2021. “Não é um prêmio só para mim. É para uma luta coletiva, que representa pessoas muito engajadas na construção de um novo país”, disse, à época do recebimento da distinção.
A cientista integra, ainda, o grupo de Economia da Transição de Sistemas de Inovação Energética, ligado à Universidade de Exeter, no Reino Unido. A equipe global de pesquisadores com quem atua — do Brasil, Reino Unido, União Europeia, China, e Índia — usa métodos avançados das ciências da complexidade e economia para apoiar a tomada de decisões governamentais para facilitar uma rápida transição de baixo carbono. Ao se envolver com formuladores de políticas em grandes economias emergentes, o projeto quer contribuir para o desenvolvimento econômico das nações emergentes e apoiar o desenvolvimento sustentável globalmente.
Outros nomes anunciados
Além de Esther Dweck como futura ministra de Gestão, foram anunciados:
- Fazenda: Fernando Haddad
- Justiça: Flávio Dino
- Casa Civil: Rui Costa
- Relações Exteriores: Mauro Vieira
- Defesa: José Múcio Monteiro
- Relações Institucionais: Alexande Padilha
- Secretaria-Geral da República: Marcio Macedo
- Advocacia-Geral da União: Jorge Messias
- Saúde: Nísia Trindade
- Educação: Camilo Santana
- Portos e Aeroportos: Marcio França
- Ciência e Tecnologia: Luciana Santos
- Mulheres: Cida Gonçalves
- Desenvolvimento Social: Wellington Dias
- Cultura: Margareth Menezes
- Trabalho: Luiz Marinho
- Igualdade Racial: Anielle Franco
- Direitos Humanos: Silvio Almeida
- Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin
- Controladoria-Geral da União: Vinícius Marques de Carvalho
Outros 13 nomes serão definidos nos próximos dias para pastas remanescentes.
Gabinete de Transição
Antes de anunciar Dweck e os demais nomes para os ministérios, o coordenador-geral do Gabinete de Transição Governamental e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, entregou o relatório final do Gabinete a Lula.