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Combatendo os riscos

Brigada do CCS promove curso de formação contra vazamento de produtos perigosos e busca expansão na Universidade

Entre 7 e 11/11, a Brigada do Centro de Ciências da Saúde (CCS) promoveu o Curso de Formação de Brigadistas de Emergência com Produtos Perigosos. O evento contou com mais de 40 alunos, entre servidores, estudantes da pós-graduação e funcionários terceirizados, mostrando a importância de se consolidar a iniciativa na UFRJ.

Inaugurada em 2013, a Brigada do CCS atua de maneira voluntária no combate a diversos tipos de ocorrências, como incêndios e vazamentos químicos, bem como na conscientização da comunidade acadêmica sobre o tema. Segundo Lucas Pinho, coordenador de biossegurança do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, a iniciativa é pioneira entre as universidades brasileiras.

“Eu tive a oportunidade de visitar muitas indústrias e quartéis do Corpo de Bombeiros de diversas partes do país e pude constatar que a nossa brigada, apesar de ter um orçamento praticamente zero, está muito bem posicionada. Já nos tornamos referência, tendo estrutura e treinamento superiores a outros locais”, afirma.

O intuito da equipe é institucionalizar e expandir o projeto, chegando a mais prédios da UFRJ, realizando mais cursos de capacitação e recrutando novos voluntários. O primeiro passo foi dado no curso mais recente que, de maneira inédita, teve parte da turma composta pela comunidade do Centro de Tecnologia e apresentou treinamentos práticos em ambos os centros.

Na edição deste ano do curso de emergência em produtos perigosos, como em outros anos, as vagas esgotaram na primeira semana após a abertura. Para Pinho, isso mostra o interesse de toda a comunidade por uma universidade e um dia a dia mais seguros, formando, inclusive, novas lideranças na área.

Fotografia de sala no CCS repleta de caixas de papelão. Ao centro, duas pessoas paramentadas com trajes de biossegurança na cor branca, luvas, botas e respirador purificador de ar espalham serragem no chão do ambiente para conter um acidente químico. No chão também há cacos de vidro de uma garrafa utilizada durante o treinamento.
Curso orientou sobre diversos tipos de acidentes químicos | Foto: Ana Marina Coutinho (SGCOM/UFRJ)

A Brigada do CCS já atendeu, desde sua formação, mais de 50 acidentes do tipo, com destaque para o derramamento químico, vazamento de gás e descarte irregular. Casos mais graves, como incêndios envolvendo materiais perigosos ou, ainda, acidentes com material radioativo, são mais raros, mas já foram combatidos pela equipe.

Mais que atuação prática

Além das atividades de combate às emergências, a Brigada do CCS também vem atuando nas áreas de pesquisa e inovação, tanto na parte de desenvolvimento humano quanto na parte técnica da biossegurança. Alguns voluntários, após passarem pelas etapas de treinamento, buscaram novos cursos na área e, inclusive, seguiram realizando pesquisas de mestrado e doutorado no tema.

“Posso destacar o desenvolvimento de um extintor específico para apagar incêndio em baterias de íons de lítio que serão muito utilizadas em veículos elétricos no futuro. Então, a brigada atua nesses dois eixos, pesquisa e educação, e queremos expandir o máximo possível”, destaca.