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Pelo Campus

Homenagem a Pixinguinha na Praia Vermelha

Eventos de acolhimento aos novos universitários continuam nesta quarta-feira

O bastão usado por maestros para reger orquestras, a batuta, também remete a alguém fiel, camarada, destemido ou primoroso, gíria com origem no início do século passado. Não à toa, a soma das virtudes encontradas em um grupo de música popular brasileira, os Oito Batutas, o primeiro a alcançar projeção internacional em turnê pela Europa, será lembrada, nesta quarta-feira (13/4), a partir das 18h, no Átrio do Palácio Universitário, na Praia Vermelha, em mais um evento para acolher os calouros da Universidade no retorno às atividades presenciais.

Em seis meses de apresentações por Paris, há um século, o grupo tinha, entre seus integrantes, dois expoentes: o virtuoso Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha (1897–1973), o maior chorão de todos os tempos; e Joaquim Maria dos Santos, o Donga (1891–1974), um dos autores daquele que é um dos primeiros sambas gravados no Brasil (Pelo telefone), registrado em 27 de novembro de 1916. Ainda em 1922, os Oito Batutas participaram da primeira transmissão de rádio no Brasil, feita na Exposição do Centenário da Independência. 

A homenagem contará com apresentações do coletivo Choro na Rua (sob regência de Henrique Cazes), do Núcleo de Pesquisa em Dança e Cultura Afro-Brasileira (Coletivo Nudafro UFRJ) e do cantor e compositor Marcelo Vianna, neto de Pixinguinha.

Outro evento que será realizado no dia 13/4, às 13 horas, no Auditório G2 da Faculdade de Letras, tem o intuito de apresentar a Pró-Reitoria de Políticas Estudantis (PR-7) aos novos estudantes da Universidade e aos veteranos que avançaram nos cursos assistindo às aulas remotas.

Ontem (11/4), no auditório Almir Fraga Valladares, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), aconteceu a mesa temática Conheça a UFRJ! Tudo que você queria saber sobre a UFRJ e ninguém te contou, que teve a participação de Carlos Frederico Leão Rocha, vice-reitor da UFRJ; Gisele Pires, pró-reitora de graduação da UFRJ; Ariane Roder, superintendente acadêmica de pesquisa; Ivana Bentes, pró-reitora de extensão da UFRJ; Roberto Vieira, pró-reitor de políticas estudantis da UFRJ; Tatiana Roque, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ; e Jennifer Lowe, coordenadora acadêmica da Superintendência Geral de Relações Internacionais.

Conheça a UFRJ apresentou universidade

Logo na abertura da mesa, o reitor em exercício, Carlos Frederico Leão Rocha, declarou que estava aberto o ano letivo de 2022 na UFRJ, lembrando que ainda há riscos em relação à pandemia os quais precisam ser atenuados e administrados com a consciência de todos. Em seguida, a pró-reitora Gisele Pires enfatizou a responsabilidade social que os estudantes levam para o país, para o estado e para o município, em decorrência da formação chancelada pela Universidade, lembrando ainda que na jornada haverá percalços, mas a educação da UFRJ compensará. “Nós vamos acompanhar vocês no decorrer de toda a graduação, até a expedição do diploma. E isso não é pouca coisa não, pois vocês serão formados pelos melhores técnicos e professores do Brasil”, afirmou emocionada.

Apesar dos problemas com a energia elétrica, que impediram a transmissão ao vivo do evento pela internet (o evento gravado está disponível em UFRJ Oficial no YouTube) e o funcionamento dos condicionadores de ar, os universitários puderam compreender um pouco mais sobre a graduação, pós-graduação e extensão, que fomentam as ações da UFRJ para com a sociedade e concedem bolsas. “Para participar da extensão, é preciso trabalhar com a equipe em um projeto prático-teórico de forma ativa. Basta estar matriculado na graduação e já pode se inscrever. É uma oportunidade de fazer, por exemplo, ações em cinema, teatro e cultura, sem ser da área. A extensão tem flexibilidade para fazer diversas atividades”, explicou a pró-reitora Ivana Bentes.

O pró-reitor de políticas de assistência estudantil, Roberto Vieira, lembrou que cerca de 30% dos estudantes são oriundos de famílias que ganham menos de dois salários-mínimos e que o desafio da Universidade é também manter todos estudando até o fim do curso, apesar das dificuldades. “Isso impacta muito na permanência. O nosso desafio é traçar estratégias e estabelecer programas para quem tem maior vulnerabilidade socioeconômica”, disse ele, lembrando que no site da PR-7 está disponível um guia para mostrar que os universitários não estão sós nesta nova etapa da vida.

Para que ninguém se sinta perdido no retorno às atividades presenciais, um site foi criado com algumas orientações sobre transporte, alimentação, bibliotecas, segurança etc. Os estudantes podem baixar a cartilha, que contém orientações sobre as diretrizes para o retorno presencial pleno da UFRJ.