A terceira personagem da série Nossas honoris, homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, é Helena Nader, professora e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo, agraciada com o título de doutora honoris causa da UFRJ em 2018. Biomédica de formação, Nader dedicou sua carreira acadêmica a pesquisar, principalmente, estruturas e funções biológicas no controle da divisão e transformação celular.
Ferrenha defensora da ciência, a professora tem um currículo extenso não apenas no laboratório, mas também na administração e avanço das instituições de pesquisa. Entre os destaques, estão a coordenação de Biologia na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a presidência da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a vice-presidência da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Além disso, Nader é membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) e da Academia Mundial de Ciências.
O reconhecimento nacional e internacional pela sua dedicação à pesquisa veio em forma de uma série de honrarias. Além de doutora honoris causa pela UFRJ, Nader é, também, professora honoris causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e comendadora e grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Entre os outros prêmios recebidos por Nader, estão a Medalha Mérito Tamandaré e a Ordem do Mérito Naval, da Marinha do Brasil; a Medalha de Ouro Moacyr Álvaro; a Ordem do Mérito da Defesa, concedido pela Presidência da República; o prêmio Classics in Cell Biology da Sociedade Brasileira de Biologia Celular; e o prêmio Almirante Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia 2020, oferecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Pesquisa
O trabalho desenvolvido pela pesquisadora envolve glicoquímica e glicobiologia, áreas voltadas para o estudo da estrutura e função biológica de proteoglicanos, em especial de heparina e heparam sulfato, com especial ênfase à função desses compostos na resposta do corpo para a interrupção de sangramentos e hemorragias.
Atualmente, a professora atua em estudos sobre a biossíntese dos proteoglicanos, assim como sua estrutura, distribuição e papel biológico, além do desenvolvimento de medicamentos contra a trombose e seus efeitos no corpo humano.