Um novo espaço onde o meio acadêmico e instituições do setor privado se encontram a partir das mais diversas atividades e interações: assim é a Inovateca, inaugurada em 10/11, no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com 2.730 m² de área construída, o prédio contará com salas de reunião, arena, auditório e salões de convivência. Além disso, é fácil localizá-lo. O edifício multicolorido, que lembra um gigante cubo mágico, se destaca na paisagem, tornando o reconhecimento algo imediato para o público.
Estudantes da UFRJ, empresas e interessados em inovação poderão participar de aulas, palestras, workshops, atendimentos, treinamentos, capacitação e realização de pitchs (eventos para apresentação de uma ideia ou de uma empresa para potenciais investidores), demodays (dia de apresentar as startups ao mercado) e hackathons (eventos que reúnem desenvolvedores de software, designers e outros profissionais relacionados à área de programação). Com operação híbrida, o novo espaço funcionará tanto fisicamente quanto virtualmente, por meio de uma plataforma on-line. As atividades poderão ser realizadas nos dois modelos, possibilitando que todos participem, independentemente de bairro, cidade, estado ou país.
A Inovateca conta com auditório, arena multiuso com capacidade para 100 pessoas, salas de reuniões, cápsulas para conversas privadas, área para alimentação e convívio social, e conectividade Wi-Fi em toda edificação. Além disso, há uma plataforma digital para transbordamento da programação oferecida no ambiente físico para o plano virtual. Tudo foi pensado para quem quer compartilhar conteúdo, conexões e experimentação com atividades para o desenvolvimento e apoio de projetos que inspirem iniciativas inovadoras e empreendedoras nos mais diferentes níveis de maturidade.
No evento de inauguração, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, destacou que não há país desenvolvido no mundo sem a associação entre o conhecimento científico e tecnológico e o setor produtivo. “Muitas outras ‘inovatecas’ surgirão pelo Brasil. Mais uma vez, a universidade é pioneira nesse modelo de projetos que inspiram, qualificam e desenvolvem iniciativas inovadoras. Por falta de mecanismos próprios, muitos conhecimentos gerados nas universidades não chegam à sociedade. Aqui é o lugar para a solução de problemas, que pretende ir além do conhecimento atual, pensando no futuro. Quem seremos nós em 2030? Se esse modelo for replicado em outras instituições de ciência e tecnologia, vamos resgatar a economia de nossa cidade, de nosso estado e de nosso país”, enfatizou ela.
Para Vicente Ferreira, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, a Inovateca chega para marcar a retomada pós-pandemia e seu funcionamento também on-line segue a tendência mundial. “Espero que a Inovateca seja um marco da retomada pós-pandemia para todo o ecossistema de inovação da UFRJ. O fato de ela conjugar a dimensão presencial com a virtual segue a tendência dos metaversos com uma enorme vantagem sobre os que estão por aí: ser descentralizada. Acredito que ela irá se tornar um ativo importantíssimo para a comunidade ao promover um intercâmbio maior entre os que têm interesse em contribuir para o desenvolvimento de iniciativas inovadoras”, diz Vicente Ferreira.
Segundo Ferreira, o nome Inovateca surgiu de uma escolha nas mídias sociais e contém a combinação das palavras “inovação”, “biblioteca” e “brinquedoteca”, que sintetizam o objetivo do espaço. “Aqui será um lugar feito por pessoas e para as pessoas que acreditam que inovação se faz com gente conversando, trocando saberes”, concluiu o diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, convidando todos a visitar o site da Inovateca, realizar um rápido e simples cadastro, e depois fazer um tour virtual por cada um dos andares do espaço.