A imprensa brasileira deu destaque para os 100 anos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, comemorado no último 7/9. Diversas mídias de TV, rádio, jornal, portal de notícias e revista deram vez ao centenário da primeira universidade criada pelo Governo Federal, em 1920, por Epitácio Pessoa.
O G1 fez uma reportagem densa sobre o centenário da Universidade. A matéria pontua o nascimento e a integração da UFRJ; seu tamanho atual; as reformas pelas quais passou, como o programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni); as cotas. Faz um paralelo entre a gripe espanhola e a COVID-19, além de destacar as inovações da UFRJ no enfrentamento da pandemia. O portal também lembrou alguns nomes de ex-alunos notáveis da instituição. “Uma consistente parte de nomes que ajudaram a construir o Brasil nos últimos cem anos passou pelos bancos das diversas faculdades e institutos que formam hoje a UFRJ. A própria reitora da UFRJ destaca que a instituição mudou sua vida. Muito antes de ser a primeira mulher a ocupar o cargo de reitora na história da universidade, ela foi a primeira da família a completar um curso superior”, disse o G1. “Entre os ex-alunos da UFRJ estão: Sérgio Buarque de Holanda, Vinícius de Moraes, Carlos Chagas Filho, Celso Furtado, Oscar Niemeyer, Clarice Lispector, Jorge Amado e Cândido Portinari”, afirmou.
O jornal O Globo fez uma matéria especial, inclusive com destaque na chamada de capa: “A UFRJ comemora centenário e avança em pesquisas, como a que estuda o método de edição de genes para uma vacina com tecnologia nacional contra a COVID-19. A instituição tem atuação de destaque em áreas que vão da mudança climática ao uso de psicodélicos para traumas”, noticiou. Em primeira mão, a reportagem divulgou a programação do centenário na íntegra e a carta comemorativa, aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni), em 27/8.
O RJ1, da TV Globo, preparou uma série de reportagens especiais sobre o centenário da UFRJ. “Nestes corredores se fez história e formaram pioneiros em várias áreas do conhecimento. Da Ponte Rio-Niterói à descoberta do pré-sal, às pesquisas sobre os índios, às inovações na ciência e até nos desfiles na Sapucaí. Os lugares que guardam o passado do Rio e do país pertencem à primeira universidade do Brasil”, frisou o telejornal. Os quatro episódios estão disponíveis no canal da UFRJ no Youtube.
No dia do aniversário da Universidade, o Bom Dia Rio, também da TV Globo, fez entradas ao vivo direto do campus da Praia Vermelha, com a reitora, Denise Pires de Carvalho, e a coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, Tatiana Roque. O telejornal noticiou o lançamento do documentário “Centenária: a Universidade do Brasil entre duas pandemias”, produzido pela instituição. Com narração de Zezé Polessa, atriz e ex-aluna de Medicina da UFRJ, o filme narra a trajetória, as transformações e o impacto social da Universidade e sua conexão com os desdobramentos da história do país no último século, a exemplo de sua recente atuação na linha de frente no combate à pandemia de COVID-19 e sua contribuição para o desenvolvimento do ensino e da pesquisa no Brasil.
O Bom Dia Rio, o RJ1, o RJ2 e o Jornal Nacional, da TV Globo, destacaram as comemorações virtuais do centenário. “Com as atividades presenciais suspensas na pandemia, a Orquestra Sinfônica da Universidade fez um concerto transmitido pela internet. Um aluno famoso foi lembrado: o músico Pixinguinha. Um documentário sobre a criação da Universidade após a pandemia da gripe espanhola foi lançado”, realçou o Jornal Nacional, que mostrou alguns depoimentos de artistas à UFRJ, como Matheus Nachtergaele, Camila Pitanga, Martinho da Vila e Paulinho da Viola.
O Jornal das Dez, da GloboNews, pontuou a mudança do perfil dos estudantes da Universidade. “Um século de contribuições importantíssimas para a sociedade com descobertas científicas, luta pela igualdade. De olho no futuro, a UFRJ quer ser cada vez mais a cara do Brasil”, disse o telejornal. “A grande mudança histórica da UFRJ está nos seus 65 mil alunos. Nos últimos 100 anos, aumentou bastante a presença de mulheres e de estudantes vindos de escolas públicas aqui na UFRJ. Hoje, 56% dos novos alunos são negros”, explanou o Jornal das Dez.
O Jornal do Rio, da TV Bandeirantes, lembrou que para a UFRJ chegar à vanguarda, houve um processo. “Foram décadas para que a Universidade se consolidasse e se tornasse o que é hoje, referência nacional em ensino, pesquisa e extensão, nos diversos campos do conhecimento”, afirmou. “Uma pesquisa realizada pelo Conselho Superior de Investigações Científicas, o maior órgão público de pesquisa da Espanha, apontou que a Universidade é considerada a terceira melhor da América Latina”, continuou.
O jornal O Dia fez uma reportagem contando relatos de pessoas cuja trajetória tenha a UFRJ como marca registrada. A matéria grifa os feitos da Universidade. “As conquistas científicas da UFRJ durante a pandemia da COVID-19 representam apenas uma pequena parcela da produção desenvolvida nos últimos 100 anos. No Museu Nacional, incontáveis descobertas arqueológicas, como o crânio humano mais antigo; na Coppe, um dos mais profundos tanques oceânicos do mundo; no Hospital do Fundão, atendimento a milhões de cariocas há mais de 40 anos”, menciona.
A Agência Brasil, o Correio Braziliense, a revista IstoÉ, os jornais O Povo e a Folha de Pernambuco, o R7 e o UOL destacaram os números da Universidade. “A UFRJ é considerada a 2ª melhor universidade do Brasil e a 3ª da América Latina, tem cinco áreas de estudo entre as 100 melhores do mundo (antropologia, arqueologia, arquitetura/ambiente construído, estudos de desenvolvimento e línguas modernas), oferta 176 cursos de graduação, sendo 24 cursos noturnos e quatro a distância”, afirmou a Agência Brasil. Em entrevista, a reitora, Denise Pires de Carvalho, lembrou que a Universidade não tinha nenhum grupo científico trabalhando com coronavírus e que agora já existem mais de 120 estudos sobre o tema em menos de seis meses. “Isso é a característica de uma instituição de pesquisa, ela responde rapidamente às demandas da sociedade. Um grupo que trabalhava com zika, com HIV, agora está trabalhando também com coronavírus. Se esse grupo não existisse, era praticamente impossível termos os novos testes sorológicos”, disse à imprensa.
O jornal Folha de S. Paulo resgatou as restrições orçamentárias da Universidade, destacando a relevância estratégica da instituição para o país. “A UFRJ é reconhecida como um dos maiores centros de produção científica e acadêmica do país. Para se manter nessa posição, no entanto, a Universidade precisa enfrentar restrições orçamentárias nos gastos não obrigatórios e um severo déficit acumulado na década de 2000”, afirmou. “Mesmo com o orçamento apertado, a UFRJ fez importantes contribuições no combate à pandemia do novo coronavírus, fornecendo respiradores, testes e protetores faciais. No momento, a produção de duas vacinas com distintas metodologias está em andamento na universidade, na fase dos ensaios pré-clínicos”, lembrou a Folha de S. Paulo.
A Rádio Tupi FM enfatizou o número expressivo de integrantes da comunidade universitária: mais de 65 mil estudantes (do maternal ao pós-doutorado), 4 mil docentes e 9 mil técnicos-administrativos. “Para se ter uma ideia, só 33 dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro têm esse quantitativo de pessoas”, estimou a Rádio, no programa Show do Clóvis Monteiro, que aproveitou para enumerar as ações da UFRJ no combate ao coronavírus.
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