A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) participou do webinar “Visões de um mundo pós-pandemia pelo olhar da saúde, educação, economia e política”, promovido pelo Fórum Inovação de Saúde (FIS), na sexta-feira, 15/5. O evento abordou as expectativas para o futuro mundial após a crise instaurada pela doença causada pelo novo coronavírus. Participaram como líderes do debate Denise Carvalho, reitora da UFRJ, Nísia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz, e Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo. O encontro foi moderado por Josier Vilar, presidente da iniciativa FIS, e teve a contribuição de Fernando Gabeira, escritor, jornalista e ex-deputado federal, e de Paulo Hartung, ex-governador do estado do Espírito Santo.
Denise Carvalho apontou, logo no começo do debate, o papel das universidades públicas na produção de conhecimento e na análise e formulação de soluções para auxiliar no enfrentamento da pandemia. Ressaltou as ações que a UFRJ vem protagonizando, até mesmo antes de o primeiro caso da doença ter surgido no Brasil, como a criação do Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da COVID-19, a divulgação de boletins para ajudar a sociedade na compreensão da doença, a criação de leitos e a produção de ventiladores pulmonares, de equipamentos de proteção individuais e de álcool 70%.
Durante os discursos, os especialistas salientaram que a estratégia para enfrentar a crise sanitária que se instalou no mundo inteiro também é uma crise, só que social e econômica. E mais: no Brasil, tornou-se, ainda, uma crise política. Além disso, destacaram o protagonismo da solidariedade da população com os mais vulneráveis e a importância da ciência e da tecnologia na busca por respostas que elucidem questões sobre o novo vírus.
Ainda que seja difícil dizer qual futuro a humanidade espera, os especialistas arriscaram alguns temas que podem ficar como legado desta crise global. Dentre eles, a preocupação com políticas públicas que reduzam a desigualdade social e a falta de saneamento básico, a valorização da ciência e da tecnologia como ferramentas para uma gestão baseada em dados e evidências, a solidariedade da população e a atenção especial à saúde mental e emocional das pessoas.
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