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UFRJ estuda formas de educação complementares ao ensino presencial

“Qualquer proposta de retorno às atividades de ensino nos próximos meses deverá contar com a ajuda das tecnologias digitais”

No dia 5/5, a reitora da UFRJ, Denise Carvalho, criou uma comissão com o objetivo de compreender o potencial e os obstáculos à utilização de formas de educação complementaresxa0ao ensino presencial, dada a diversidade da UFRJ.

A comissão, presidida pelo vice-reitor Carlos Frederico Rocha, já se reúne regularmente e, nesta semana, emitiu uma nota, cuja avaliação é a de que qualquer proposta de retorno às atividades de ensino nos próximos meses deverá contar com a ajuda das tecnologias digitais. A notaxa0reitera a posição da Reitoria de que quaisquer decisões serão tomadas pelos colegiados superiores da UFRJ, todos com representação das diversas categorias da Universidade.

Na nota, a comissão pede, ainda, que as unidades já dialoguem com seus alunos, professores e técnicos-administrativos acerca de perspectivas, possibilidades e desafios para o desenvolvimento de disciplinas ancoradas às tecnologias digitais.

Leia a nota na íntegra:

Nota da Comissão instituída pela Portaria nº 3.191, de 5 de maio de 2020

Desde março, a Universidade Federal do Rio de Janeiro vem se dedicando primordialmente às emergências hospitalares e laboratoriais necessárias ao enfrentamento das questões relacionadas à pandemia de COVID-19. Por esse motivo e para que houvesse tempo de avaliar as condições de acesso dos estudantes aos meios digitais, foi importante a suspensão do calendário institucional de 2020.

Observando a experiência internacional e as previsões de autoridades nacionais da área da saúde, prevemos que o fim do isolamento se dará em uma nova “normalidade”, com exigências de distanciamento e outras regras de comportamento que impedirão aglomerações e o uso das instalações da Universidade como acontecia antes da pandemia. Fica claro, então, que qualquer proposta de retorno às atividades de ensino nos próximos meses deverá contar com a ajuda das tecnologias digitais, de modo intenso.

A fim de alcançar o objetivo de sua constituição − compreender o potencial e os obstáculos à utilização de formas complementares de ensino , a Comissão instituída pela Portaria nº 3.191, de 5 de maio de 2020, pretende produzir um conjunto de ideias, informações e orientações que possam servir como subsídios a importantes decisões, que serão de responsabilidade das instâncias superiores da Universidade.

Em parceria com os vários setores administrativos da UFRJ, o grupo tem buscado levantar problemas e propor soluções que permitirão práticas alternativas de ensino, em caráter emergencial. Entre as diversas ações em curso, destacam-se:

1) Identificar os grupos de estudantes com dificuldade de acesso à internet.

2) Com a Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (STIC) e a Reitoria, encontrar soluções para viabilizar a inclusão digital dos estudantes que não têm acesso à internet.

3) Com a STIC, definir os meios tecnológicos que serão recomendados à comunidade e aos quais a equipe terá condições de dar suporte e treinamento, em conjunto com as unidades.

4) Com a Diretoria de Acessibilidade (Dirac), estudar as formas de tornar possível a inserção dos estudantes com deficiência nas práticas de ensino, discutindo necessidades específicas.

5) Avaliar a viabilidade de oferecer acesso a equipamentos de informática nas dependências da UFRJ em condições de segurança.

6) Contribuir para o planejamento da implementação de práticas de ensino com o uso de tecnologias digitais durante o período da pandemia de COVID-19.

Esperamos que as ações e discussões da Comissão permitam pensar em propostas e orientações para pôr em prática formas alternativas e emergenciais de ensino para todo o corpo social da UFRJ. No entanto, para isso, ressaltamos que precisaremos contar com a parceria das unidades. Dessa forma, incentivamos que as direções já iniciem o diálogo com docentes, técnicos-administrativos e discentes sobre perspectivas, possibilidades e desafios para o desenvolvimento de disciplinas ancoradas às tecnologias digitais.