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Memória

Nota de pesar

Reitoria da UFRJ lamenta falecimento de Marcos Fernando de Oliveira Moraes


foto: Reprodução/Fapesp

Foi com profundo pesar que a Reitoria da UFRJ teve ciência que, nesta segunda-feira (4/5), faleceu Marcos Fernando de Oliveira Moraes, doutor honoris causa da UFRJ e um dos fundadores do Programa de Oncobiologia, ligado ao Instituto de Bioquímica Médica (IBqM) da Universidade, que também lamentou seu falecimento.

Cirurgião oncológico com mais de 50 anos dedicados à Medicina, Moraes foi responsável, na década de 1990, por uma revolução no atendimento aos pacientes com câncer durante seus quase nove anos à frente do Instituto Nacional do Câncer (Inca), época em que foram incorporadas ao Instituto três novas unidades hospitalares.

No campo da pesquisa oncológica, Moraes coordenou o Programa de Oncobiologia da UFRJ, uma rede de pesquisa sobre a biologia do câncer, que teve início nos anos 2000 com apenas 13 pesquisadores e que atualmente conta com mais de 300, de diversas instituições, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e o próprio Inca, além de diversos institutos da UFRJ.

Durante sua carreira profissional, Moraes recebeu inúmeras distinções, entre as quais o prêmio Octavio Frias de Oliveira, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), e a medalha de mérito Oswaldo Cruz. Foi agraciado, também, com o prêmio Fundação Conrado Wessel (FCW) na área de Medicina.

Com perfil renomado, o médico falou da sua luta contra o tabaco e as indústrias do setor, quando recebeu o título de doutor honoris causa da UFRJ, em 2012, no auditório do Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC/UFRJ). Através da Fundação do Câncer – cujo fundador é Moraes – e em parceria com o Inca, ele incentivou campanhas de combate ao fumo. “O Brasil tem um dos melhores programas de controle do tabagismo do mundo, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil está entre os países com maiores taxas de ex-fumantes”, disse Moraes na época.

O pesquisador também foi membro da Academia Nacional de Medicina (ANM), da qual foi presidente duas vezes. Foi também diretor do Instituto Nacional do Câncer (Inca), onde exerceu um importante papel na construção da atual excelência clínica e científica da instituição.

A Reitoria da UFRJ presta sinceras condolências à família e aos amigos e deseja força neste momento difícil.

 

 

4/5/2020

Reitoria da UFRJ