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R$ 44,8 milhões do orçamento da UFRJ são desbloqueados

Medidas de racionamento de serviços anunciadas em 4/9 não serão revertidas


foto: Raphael Pizzino (Panorama UFRJ)

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) teve R$ 44.870.322,00 do seu orçamento desbloqueados na última sexta-feira, 18/10, pelo Ministério da Educação (MEC). Com a medida do Governo Federal, permanecem bloqueados R$ 5.569.769,00 e as emendas parlamentares a que a Universidade tinha direito, que totalizavam R$ 13.576.865,00, foram canceladas pela pasta. Ainda que tardia, a desobstrução da verba permitirá que a UFRJ honre os pagamentos de serviços continuados até o mês de outubro, com cobertura contratual assegurada até o fim de 2019.

“Com a liberação do orçamento, estimamos a possibilidade de cumprir o pagamento dos contratos até o mês de outubro, o que significa que os meses de novembro e dezembro estarão pendentes de pagamento, mas, ainda assim, com cobertura contratual, porque estaremos dentro daquele prazo máximo de três meses de atraso”, afirma o titular da Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3) da UFRJ, Eduardo Raupp.

Embora o descontingenciamento tenha sido quase em sua totalidade, as medidas de racionamento de serviços anunciadas em 4/9 não serão revertidas. “Não poderemos reverter as medidas de contingenciamento que fizemos internamente, nem poderemos liberar o restante do chamado ‘orçamento participativo’ [orçamento distribuído às unidades da UFRJ]. Na verdade, como já tínhamos um histórico de déficit muito grande, mesmo com a liberação do orçamento, não será possível cobrir todas as despesas do ano. Por isso as medidas de racionamento permanecem necessárias”, sinaliza Raupp.

“O que, a meu ver, é importante é a superação das medidas de corte que estávamos sujeitos, como, por exemplo, os problemas de pagamentos a terceirizados e as ameaças de paralisação. Assim, o principal resultado dessa liberação é que, com certeza – como havíamos dito no início da gestão da professora Denise Carvalho, quando apresentamos os cenários –, nós conseguiríamos chegar exatamente a este ponto: com pagamento das despesas até outubro e com a garantia de funcionamento da Universidade até o final de 2019”, conclui o pró-reitor.