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Em segunda entrevista da série, FCC apresenta Superdicc

Conheça a Superintendência de Difusão Científica e Cultural, por Adriana Schineider


Foto: Fórum de Ciência e Cultura (FCC)

O Fórum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ lançou em agosto a série de entrevistas Por dentro do FCC. A ideia é apresentar a unidade e seus órgãos suplementares, convidando gestores a falarem sobre suas expectativas e seus planos para os próximos quatro anos. Constituem o FCC o Museu Nacional, a Editora UFRJ, o Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ (SiBI), a Casa da Ciência, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), a Universidade da Cidadania, o Núcleo de Rádio e TV e o Sistema de Museus, Acervos e Patrimônio (Simap).

As entrevistas são veiculadas no formato vídeo e texto, nos canais oficiais da instituição. A produção é de Bruna Rodrigues e Victor Terra; a reportagem, de Ana Claudia Souza; a fotografia, de Eneraldo Carneiro; e a produção audiovisual, de Tuker Marçal e Yuri Aby Haçan. A segunda entrevistada da série é Adriana Schneider, professora do curso de Direção Teatral, que assumirá a Superintendência de Difusão Científica e Cultural (Superdicc) em novembro, quando retorna de um pós-doutorado que cursa na Alemanha. A seguir, confira os principais trechos.

“Precisamos criar pontes, oferecer as estruturas necessárias para envolver alunos, professores e a própria sociedade”

Adriana Schneider é graduada em Comunicação Social/Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-¬Rio), mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e doutora em Antropologia pela UFRJ. Atualmente, com bolsa da Capes em parceria com a Fundação Humboldt, cursa pós-doutorado na Alemanha, a fim de aprofundar sua pesquisa sobre arte e fascismo. Por Skype, a professora do curso de Direção Teatral tem participado de reuniões do Fórum, conversado com os pares e se preparado para o cargo, que ocupará a partir de novembro. “A gente tem falado muito isso: a missão do Fórum de Ciência e Cultura é articular. É reconhecer os projetos que já existem e entender como criar pontes, oferecer estruturas necessárias e envolver alunos, professores, a sociedade”, diz.

Como as artes podem ajudar a levar a Universidade para fora de seus muros?

Os cursos de artes têm uma relação com a cidade. É como se a gente fizesse extensão organicamente. O que os nossos alunos movem para fora da Universidade é bem incrível. E vejo que a UFRJ sempre teve muita dificuldade de enxergar esse lugar. Quem se propõe a entrar em qualquer curso de Artes, hoje, é porque deseja muito fazer isso. Esse é o ponto que me move: a potência do que a UFRJ já produz e o que a gente pode, como UFRJ, fazer para oferecer melhores condições para o que as pessoas já estão fazendo. A gente tem que entrar numa outra frequência, de uso das redes sociais, de pluralizar as vozes. E tem que pulverizar, aproveitar formatos e linguagens da comunicação e das artes para criar canais interessantes para a difusão científica. Se a gente olha o que já é feito de extensão nos cursos de Artes, a gente pode aprimorar para poder melhorar nossa fala pra fora.  

Qual o papel do Fórum no cenário atual?

O Fórum é chave para que a gente possa trabalhar essa escuta interna do que as pessoas já estão fazendo na UFRJ, e como a gente pode, mesmo sem dinheiro e com o que a Universidade tem, apoiar os grupos nessas ações imediatas. Acho que isso já é um trabalho.  A gente pode, por exemplo, organizar festivais internos para que essa produção de arte e cultura possa circular por todos os campi. É importante aprimorar os festivais e os trabalhos artísticos da Universidade, que precisam ter uma divulgação mais bacana, um tratamento menos amador. A Tatiana [professora Tatiana Roque, coordenadora do FCC] tem falado muito isso: a missão do Fórum é articular. É reconhecer os projetos e como a gente pode criar pontes, oferecer estruturas necessárias, se inspirar pra poder envolver alunos, professores e a própria sociedade. A gente também tem que botar a nossa rede, que se espalha pela cidade, para cruzar com a Universidade. Isso quer dizer que a gente pode virar parceiro de festivais, de circuitos de mostras de artes, coisas que já existem e que, exatamente nesse momento precário, estão sendo feitas pelas pessoas na raça. A gente pode disponibilizar a Universidade como um lugar de articulação, de realização. E podemos criar laboratórios permanentes de criação de políticas públicas de modo a incidir nesse debate, com diagnósticos, com mais vozes. São coisas concomitantes pra gente poder voar com mais força.

Para ler a íntegra dessa conversa, clique aqui. Para relembrar a primeira entrevista, acesse este link.