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UFRJ se mantém entre as melhores universidades do mundo

Três rankings publicados na semana passada destacam a relevância da UFRJ internacionalmente


 Bandeira da UFRJ – foto: Marco Fernandes (Coordcom/UFRJ)

Três rankings publicados na semana passada mantiveram a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) como uma das melhores instituições de ensino superior do mundo.

O QS World University Rankings foi divulgado na quarta-feira (19/6); o Times Higher Education (THE) Latin America, em 18/6; e o Performance Ranking of Scientific Papers for World Universities, organizado pela Universidade Nacional de Taiwan (NTU, na sigla em inglês), em 17/6.

Os três rankings sublinham a posição de protagonismo da instituição, que completará 100 anos em 2020, mas que, de forma descentralizada, está em atividade desde 1792, com a Escola Politécnica — sétima escola de Engenharia mais antiga do mundo e primeira das Américas.

 

Ranking QS World University Rankings 2019

No ranking, a UFRJ figura na 11ª colocação na América Latina. No cenário global, subiu três posições e alcançou o 358º lugar.

Internacionalmente, a classificação é liderada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês). Na América Latina, o ranking é encabeçado pela Universidade de Buenos Aires (UBA).

Entre as universidades brasileiras, estão a Universidade São Paulo (USP), na 116ª posição; a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 214ª colocação; e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no 439º lugar.

São seis os critérios do ranking: reputação acadêmica; reputação entre empregadores; relação docente/estudante; citações por docente; proporção de docentes internacionais; e proporção de estudantes internacionais.

 

Ranking Times Higher Education (THE) Latin America 2019

No ranking, a UFRJ aparece na 13ª colocação, uma posição a menos na comparação com o ano passado. A lista é encabeçada pela Pontifícia Universidade Católica do Chile. No Brasil, quem lidera o ranking é a USP. 

Entre as universidades federais que despontam nas 15 melhores posições estão a de São Paulo (Unifesp), de Minas Gerais (UFMG), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade de Brasília (UnB).

O THE Latin America levou em consideração cinco critérios: citações em periódicos científicos indexados; retorno à indústria; pesquisa; ensino; e internacionalização.

 

Performance Ranking of Scientific Papers for World Universities 2019

Já no ranking organizado pela NTU, a UFRJ alcançou a 4ª colocação na América Latina. No cenário global, a Universidade se manteve entre as 500 melhores do mundo, ocupando a 350ª posição. Em 2018, a UFRJ ocupou o 332º lugar.

A Universidade de Harvard abre a lista no cenário global. Na América Latina, o destaque é para a USP.

O estudo, que também avalia as instituições por áreas do conhecimento, manteve a UFRJ entre as 500 melhores do mundo nos seis campos avaliados: em Agricultura (199ª posição), em Ciências da Vida (282ª), em Ciências Naturais (351-400ª), em Medicina (401-450ª), em Engenharia (401-450ª) e em Ciências Sociais (451-500ª).

O ranking afere e classifica a produção científica de 800 universidades no mundo todo. Três critérios centrais são observados: produtividade, impacto e excelência da pesquisa. A escolha das universidades é executada a partir da base de dados do Essential Science Indicators (ESI).

 

Excelência x contingenciamentos

Na avaliação da pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ, Leila Rodrigues da Silva, a performance da Universidade é fruto de muito trabalho. “Os resultados apresentados pelos rankings recentemente publicados expressam nossa excelência em todas as áreas do conhecimento, conquistada ao longo de décadas dedicadas à pesquisa, ao ensino e à extensão”, afirmou.

Para Silva, entretanto, a perda de algumas posições em dois dos três rankings podem ter explicação. “Cabe registrar que, não obstante tenhamos nos mantido entre as melhores instituições do mundo, da América Latina e do país, os desdobramentos dos cortes e contingenciamentos a que temos sido submetidos, especialmente nos dois últimos anos, já se fazem sentir. Este fenômeno não afeta apenas nossa instituição e preocupa sobremaneira, já que tem colocado em risco a continuidade de pesquisas e o cumprimento da função social de universidades públicas de todo o país”, completou.

 

A UFRJ

A UFRJ é a maior universidade federal do país. Presença registrada nas 15 melhores posições nos mais diversos rankings acadêmicos na América Latina, a instituição conta com 176 cursos de graduação, 130 cursos de mestrados acadêmico e profissional e 94 cursos de doutorado. Segundo o Ranking Universitário Folha 2018, a Universidade é a mais inovadora do país, o que também se deve à sua pluralidade: seu corpo social é composto por mais de 67 mil estudantes, 4 mil docentes e 9 mil servidores técnico-administrativos.

A Universidade tem estrutura similar à de um município de médio porte, compatível com o seu grau de relevância estratégica para o desenvolvimento do país. Formou uma sucessão de ex-alunos notáveis, como os escritores Jorge Amado e Clarice Lispector, o indicado ao Prêmio Nobel da Paz Osvaldo Aranha e os médicos Oswaldo Cruz e Carlos Chagas.

Quarta instituição que mais produz ciência no Brasil, a UFRJ possui dois campi em outras cidades do Rio de Janeiro: um em Macaé, no interior do estado, e um em Duque de Caxias. Com projetos de ponta nas áreas científica e cultural, a antiga Universidade do Brasil tem sob seu escopo nove hospitais universitários, 13 museus, 1.200 laboratórios, 45 bibliotecas e um Parque Tecnológico de 350 mil metros quadrados, com startups e empresas de protagonismo nacional e internacional.