O mesmo agente acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, Ronnie Lessa vinha realizando “pesquisas” (local de trabalho, familiares, horários) sobre a vida de outros defensores da democracia, conforme declaração do delegado titular da Delegacia de Homicídios, Giniton Lages, à imprensa. Como no documentário de Eduardo Coutinho, Cabra Marcado para Morrer, outros nomes também passaram a constar da sinistra lista de pessoas que compõem a agenda do possível sicário. Entre eles, Pedro Mara, professor respeitado e querido por seus estudantes e colegas.
O docente atua como diretor do Ciep 210, Mario Alves de Souza Vieira, nome que homenageia o político e jornalista assassinado pela ditadura, em Belford Roxo, e é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRJ.
Em nome dos direitos humanos e dos valores civilizatórios, as investigações precisam esclarecer essas ameaças, focalizando as reais motivações das ações do referido agente.
A Reitoria reafirma sua solidariedade ao professor e estudante, reiterando que envidará todos os esforços para que as autoridades policiais e judiciárias esclareçam o episódio e que, junto com as instituições comprometidas com o Estado Democrático de Direito, acompanhará diuturnamente as intoleráveis ameaças à vida dos defensores da liberdade de pensamento e de cátedra.
Rio de Janeiro, 18/3/2019
Reitoria da UFRJ