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Maiores museus do mundo manifestam apoio ao Museu Nacional

UFRJ recebe solidariedade do Louvre e de outras 20 instituições museais estrangeiras

O incêndio que assolou o Museu Nacional (MN) em 2/9 despertou uma grande onda de mobilizações fora do país. Instituições museais de todo o mundo compadeceram-se e demonstraram apoio à UFRJ e ao MN.

Maior museu de arte do globo, o Louvre (França) lamentou a tragédia em seu perfil no Twitter. “O Museu do Louvre manifesta sua mais forte solidariedade com o Museu e suas equipes. É uma grande perda para o Brasil e para o patrimônio mundial.” O diretor da instituição francesa, Jean-Luc Martinez, colocou-se à disposição para ajudar na recuperação do MN. O Museu Metropolitano de Arte dos Estados Unidos, conhecido como Met, demonstrou profundo pesar ao publicar que “nossos corações doem quando assistimos à devastação pelo fogo no Museu Nacional”, assim como o Museu de História Natural britânico, que avaliou o incêndio como uma “terrível notícia e uma perda devastadora para o patrimônio e a ciência”.

O desastre também foi lembrado pelo State Hermitage (Rússia) e pelos museus de História da Carolina do Norte (EUA) e da Natureza (Canadá), além do Museu Britânico da Vida Rural.  “Nossos corações ficam partidos com a notícia dessa perda trágica” foram as palavras do Museu de Belas Artes americano.

O Conselho Internacional de Museus (ICOM) considerou o incêndio lastimável para a herança brasileira, bem como para o patrimônio mundial. “Queremos reiterar a nossa crença inabalável na resiliência e profissionalismo dos profissionais de museus do Brasil e a nossa fé na sua capacidade de recuperar-se desse doloroso acontecimento”, diz trecho do comunicado.

O American Museum of Natural History, o Denver Museum of Nature & Science, o Field Museum, o Muséum National d’Histoire Naturelle, o Museum für Naturkunde, o Naturalis Biodiversity Center, o Natural History Museum of Denmark, o Natural History Museum de Londres, o Natural History Museum of Los Angeles County, o Royal Belgian Institute of Natural Sciences, o Royal Ontario Museum e o Smithsonian National Museum of Natural History também se manifestaram.

“Nós, como museus de história natural, continuamos comprometidos em trabalhar juntos para usar nossas coleções e o poder científico coletivo para gerar e proteger informações. No momento em que nossos colegas no Brasil olham para o futuro, comprometemo-nos a apoiá-los nas próximas semanas, meses e anos”, declararam por meio de nota conjunta.

Maior museu de história natural e antropológica da América Latina, o MN foi o primeiro museu e casa de ciência do Brasil, recebendo cerca de 150 mil visitantes por ano, entre os quais já estiveram Albert Einstein, Marie Curie e Santos Dumont. As diversas formas de ajudá-lo estão elencadas no site do Museu Nacional.